sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Eternal Sorrow - Doom Metal de Curitiba




A banda Eternal Sorrow Surgiu em 1994 com a proposta de desenvolver um Doom Metal pesado e agressivo.
Lançado em 1995 o Demo Tape "The Sadness 'Elevation", com uma Introdução e duas músicas (Eternal Sorrow e Lonely Sufferance). Após o lançamento dos álbuns "The Way of Regret - 1998" e "Legacy - 2003" O Eternal Sorrow divulga o seu mais recente trabalho lançado em agosto de 2015, trata-se do 3° álbum de estúdio intitulado 'The House'.

OPDM - Contem para nós um pouquinho sobre a banda, quem deu início ás atividades da banda e como foram as tomadas de decisões que levaram a Eternal Sorrow a ser a banda que é hoje?

Mauricio: O ETERNAL SORROW foi criado em maio de 1994 com a proposta de fazer um som pesado e lento, pois na época haviam poucas bandas nesse estilo no Brasil. 
Com a primeira formação fundada começaram as composições, e como cada integrante tinha uma influência diferente o som foi ficando com uma identidade própria. Com o passar dos anos e mudanças de formação as músicas foram se lapidando, mas nunca perdendo a 'cara da banda'. Hoje acredito que temos uma musicalidade bem própria e sempre buscando melhorar.  

OPDM – Ultimamente essa pergunta não pode faltar em qualquer entrevista que façamos. Como é levantar a bandeira da música autoral no Brasil, no estilo Doom Metal especialmente?

Fernando:  No mundo todo o cenário para música autoral não é fácil, mas no Brasil é ainda mais difícil pois grande parte do público não se interessa por músicas novas feitas no país (também culpa do número excessivo de bandas, muitas de qualidade duvidosa), além de ficarem contentes apenas em ouvir os velhos 'medalhões' e comparecer a shows de bandas 'covers'. 
Financeiramente também não há investimento pior, pois ele é alto e não há retorno. CDs não são mais vendidos e cachês no país são praticamente inexistentes. O que resta é uma grande teimosia de nossa parte e uma paixão pela criação artística, que é ao mesmo tempo um prazer e uma maldição. Isso vale para o Doom Metal e qualquer outra forma de arte underground feita no país, incluindo teatro, artes plásticas, etc.



OPDM - Qual é a resposta do público a cada trabalho lançado?

Mauricio: Cada trabalho tem uma receptividade diferente, uns preferem um álbum e outro preferem outro, mas no geral sempre foram bem recebidos pois nosso público tem se mostrado fiel e sempre acreditando em nosso trabalho, nós só temos a agradecer a cada um deles. 

OPDM - Fale um pouco sobre cada um de vocês.

Adriano: Comecei a tocar em 1988, em uma banda de rock e blues que se chamava 'Kannalhas' que foi até o ano de 1992, depois entrei em uma banda de Black Metal chamada 'Solaletiel' que toquei até 1996. Com o fim desta, me chamaram pra tocar no ETERNAL SORROW em 1996. Nesse período tive uma passagem de quase dois anos na banda de black metal 'Amen Corner'. Atualmente minha dedicação é total e exclusiva ao ETERNAL SORROW.

Alexandre: Sou guitarrista há 18 anos participei de algumas bandas do cenário metal underground de Curitiba e sou Guitarrista no ETERNAL SORROW desde março/2016.
Também sou guitarrista em outra banda chamada DEFORMED SLUT (Death Metal).

Fernando: Eu participo de bandas de música extrema desde 1996, principalmente nas bandas Insane Devotion (que lançou álbum novo ano passado) e Nahtaivel (música eletrônica industrial). Mas já participei ou gravei com diversas outras bandas como Reverence, A Tribute to the Plague, Evilwar, Murder Rape, Necrotério, Doomsday Ceremony e parcerias em diversos outros projetos de metal e música eletrônica. Além de hoje também ser integrante das bandas ETERNAL SORROW e Great Vast Forest.

Mauricio: Eu tive algumas experiências com bandas antes do ETERNAL SORROW, umas brincadeiras aqui outras ali, mas a grande oportunidade foi quando montamos o ETERNAL SORROW e estou aqui desde maio de 1994. Pretendo ficar até não poder tocar mais rsrs.

Ricardo:  Sou nativo do interior do Paraná, por volta de 1990 comecei a escutar heavy metal e dois anos depois montei minha primeira banda. Alguns anos depois, mudei para Curitiba com propósito de estudar e trabalhar. Eu já tinha conhecimento de algumas bandas que aqui estavam em atividade e aos poucos me envolvi com o cenário underground comparecendo em alguns shows (sempre sem interesse em montar ou entrar em banda). 
Tocar com ETERNAL SORROW foi uma oportunidade em que não tinha como dizer “ NÃO" ... Quase 15 anos se passaram e aqui estou dividindo o espaço com grande amigos!!!!


OPDM - Como funciona o processo de produção da banda? Normalmente de quem são as ideias para as composições?

Alexandre: As idéias para as composições do ETERNAL SORROW são de todos. Cada um traz novas idéias para os ensaios ou uma música pronta por exemplo, para a análise em conjunto e no andamento de novos ensaios vamos aprimorando conforme outras idéias vão surgindo. 

OPDM - Quais são os planos futuros da banda?

Ricardo:  A principio, observando o ano de 2016, foi um ano de entrosamento nesta nova formação. Mesmo sendo amigos de longa data, precisávamos nos conhecer musicalmente. Fizemos duas apresentações, foram diversos ensaios semanais desde março até agora em dezembro, sempre com media de até três horas de duração. Já estamos iniciando o processo interno de composições de novas 'canções' (... hehehehe ... ), mas nossos planos para o futuro, mesmo.. é sempre manter a essência que a banda teve, ensaiar muito para tocar em alguns shows e compor um novo álbum em breve.



OPDM - Como contratar a banda para shows?

Alexandre: Através dos e-mails: eternal.sorrow.doom.metal@gmail.com / lilian.silva75@hotmail.com
E também pela página oficial no facebook do ETERNAL SORROW.

OPDM - Considerações finais.

Alexandre: Em nome do ETERNAL SORROW Agradecemos ao espaço do blog DEATH MASK, e convidamos a todos que conheçam mais do nosso trabalho através dos nossos canais




OPDM - Agradecemos a presença de vocês aqui no blog e desejamos muito sucesso na estrada!! 
Fiquem aqui com o som pesado do Eternal Sorrow!



Ficamos por aqui com mais uma matéria do nosso underground brasileiro, espero que tenham curtido essa grande banda.
Até a próxima!!

Essa matéria foi realizada por Vivi Alves.
Vivi Alves é uma musicista e professora de canto de Duque de Caxias na Baixada Fluminense - RJ.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Demolition - Thrash Metal de MG




DEMOLITION é uma banda de Thrash Metal que surgiu em meados de 2014 em Governador Valadares, MG, idealizada pelo baterista Wagner Oliveira, que já teve participação e outras bandas de renome. Moldado na antiga escola, tem como influência nomes como Testament, Sadus, Kreator e Exodus.
Vamos conhecer um pouco mais da banda.

OPDM - Fala galera do Demolition, é uma satisfação tê-los aqui conosco.

OPDM - A Demolition surgiu em 2014. De lá para cá, os objetivos da banda mudaram ou não? Quais são os ideais da Demolition hoje?

Demolition - Então, desde o inicio da banda até hoje, ela se mantem com a mesma ideia e objetivo, que é fazer um som que gostamos e curtimos e fazer um protesto sobre tudo aquilo que acontece nos dias atuais, no nosso cotidiano, sem ficar buscando coisas antigas pra falar ou coisas históricas, a principio essa é nossa ideia e foco, porque achamos que tem muita coisa acontecendo ao nosso redor que ninguem fala ou bate de frente.

OPDM - Sabemos das dificuldades gerais da cena brasileira. Para vocês, como tem sido lidar com as adversidades de se ter uma banda de trabalho autoral? A banda enfrenta algum tipo de dificuldade para se manter?

Demolition - As dificuldades são muitas, se você se propõe a fazer um trabalho sério e que queira levar pra frente, que queria fazer a coisa o mais profissional possível, você vai ter gastos de diversas formas, desde uma gravação de qualidade a merch, divulgação, pessoas pra trabalhar ao lado da banda, e além disso, toda banda que está no seu inicio sofre pra se mostrar na cena não é mesmo? É sempre complicado conseguir bons festivais pra se tocar, porque as pessoas não dão muito crédito a banda por não conhecer, você tem gastos com viagem, com equipamento, e varios fatores, mas na Demolition, o bom é que todos estão na mesma vibe, querendo a mesma coisa, então por mais que tenha dificuldade, fica mais fácil lidar quando a banda está em sintonia.



OPDM - Como é o processo de composição da banda? Conte-nos um pouco sobre a sua parte criativa.

Demolition - Então, nessa parte é bem fácil, porque todos trazem ideias, riffs ou ate um sofejo, tudo a gente consegue aproveitar, após a gente selecionar o que vai se usar e o que não vai, eu entro estruturando as músicas e criando arranjos ou algo que faltar, a Thais que é vocalista, tbm traz algo de instrumental pra banda avaliar entende, todos damos ideias no instrumento do outro, na Demolition não existe aquela coisa, só quem compõe as coisas de batera sou eu e ponto, não existe isso, todos dão ideias, até mesmo modificam coisas que eu já havia criado, se ficar bom e todos agradarem fica, se não, vamos atrás do melhor, tudo que criamos a gente grava como uma pré produção, e passamos pra Thais criar as melodias vocais e letras, claro que a gente define uma ideia para cada música antes dela ser composta, a gente vê sobre o que queremos falar naquela música, dependendo do que será, a gente já sabe se vai ser mais extrema ou mais cadenciada, ou com mais arranjos quebrados, tudo depende do que vai ser falado, isso vira a alma da música pra podermos criar, e assim surgem as musicas da banda, é muito tranquilo e facil de trabalhar. 

OPDM - Vocês lançaram em abril desse ano o EP “Manipulation of Tragedy”. Falem um pouco sobre esse material, como foi o processo de gravação até a finalização do trabalho? 

Demolition - Então o EP foi um trabalho bem cansativo de fazer apesar de ser 4 faixas, devido as mudanças de formação até se chegar no time que temos hoje, quando firmamos o quarteto que não era com a Thais no vocal, era um vocalista homem, a gente finalizou as 4 músicas e fomos atrás de quem iria produzir nosso EP e onde seria gravado, sem muito escolher fomos atrás de dois profissionais que eu particularmente conheço, são meus amigos e conheço o trabalho deles, um deles e o Clerio Junior do “Estudio Radiola” daqui de Governador Valadares, que fez toda a captação do áudio da banda, ela já conhecia um pouco da banda, e sabia bem o que eu queria, como seria a pegada do EP, e foi muito bom trabalhar com ele, porque estávamos entre amigos, e ele fez uma excelente captação. Após captarmos, jogamos na mão de outro cara que também é muito nosso amigo e parceiro o produtor Albenez Carvalho, proprietário da “METAL MIX UNDERGROUND”. Ele pegou nossas músicas e fez um trampo de mixagem e masterização incrível que até pessoas amigas da banda de outros países quase não acreditaram que tivesse sido feito aqui na cidade, até porque o polo para isso fica nos grandes centros como São Paulo. Todas as resenhas sempre falaram muito bem da qualidade do trabalho e isso nos rendeu bons frutos, Albenez tbm já produziu bandas de renome na cena e atualmente e guitarrista da lendária banda de black metal “MISBELIEVER” . O trabalho deles foi exatamente o que a banda queria, tanto em timbres de guitarra, baixo, batera e voz quanto no timbre geral do EP. 


OPDM - A Demolition já passou por mudanças na formação e uma delas foi a entrada de Thaís Teixeira nos vocais. Algumas vezes é difícil para o público uma troca de vocalista, como tem sido a aceitação do público?

Demolition - Mudanças são ruins por um lado e boas por outro, ruim porque você fica apreensivo se o próximo dará conta, se os fãs da banda vão gostar e tudo mais, só que na mudança de vocalista da Demolition foi totalmente o contrário, o ex vocalista é um grande vocalista, mas desde o início da banda, pelo menos eu quando eu tinha a banda só na minha cabeça, eu queria um vocal mais extremo, mais Death, coisa mais pesada pra dar mais peso pra banda, coisa que não é tão comum nas bandas de Thrash Metal. Com a saida do Ex vocalista, a Thais como já estava estudando técnica vocal a quase 2 anos e já conhecia a banda desde o início, convidamos para fazer um teste, e no primeiro dia a gente já oficializou a Thais na banda, pois foi exatamente o que a banda precisava na nossa visão, não sabíamos se iria agradar quem curtia a banda, mais pra nós agradou demais, com isso, o EP já havia sido prensado, e não tinha mais jeito de regravar os vocais pra sair no EP. Com isso decidimos que regravaríamos os vocais pra divulgar virtualmente, e nosso baixista teve a ideia de colocar um Qr code fixado no cd para que quem comprasse o EP, tivesse direito de baixar o mesmo EP so que com a voz da Thais, e isso foi uma sacada muito boa, galera gostou muito, porque você compraria o EP e ganharia outro virtual com a voz dela. Quando foi lançado o anúncio da entrada da Thais e uma regravação com ela, a reação do público foi a melhor possível, vieram elogios tanto do Brasil quanto de muita gente de fora do país, que já acompanhava a banda, como Europa, EUA e Rússia, e isso nos deixou muito felizes, e empolgados pra começar os shows e consequentemente compor um single pra gravarmos e lançar um vídeo clipe com a Thais, essa música já está quase pronta, é provável que esse ano gravaremos e no inicio de janeiro já lançamos e gravaremos o Vídeo clipe. Os shows tem sido cada vez mais insanos e a galera que não conhece a banda que vê o show, gosta muito e elogia bastante, isso é gratificante ainda mais após uma mudança de vocal.


OPDM - Deixem um recado para a galera.

Demolition - Queria agradecer ao “Portal Death Mask” em nome da Demolition, pela oportunidade e apoio que estão dando ao metal nacional, agradecer a todos os que apoiam a banda direta e indiretamente, aos fãs da banda e dizer que a Demolition está na ativa com os shows, com força total, quem quiser levar a banda pra fazer show é so enviar um e-mail para demolitionthrashmetal@gmail.com , quem quiser adquirir o Merch da Demolition, é so entrar em contato na Page da banda https://www.facebook.com/Demolition.thrashmetal/ e dizer que e início de 2017 tem material novo, single, Video Clipe e Full album, Valeww.

Assistam a Demolition e se inscrevam no canal do Youtube para ficarem por dentro dos lançamentos da banda:



Bem galera, chegamos ao final de mais uma matéria aqui no Portal, espero que tenham curtido. Até a próxima!!

Essa matéria foi realizada por Vivi Alves.
Vivi Alves é uma musicista e professora de canto de Duque de Caxias na Baixada Fluminense - RJ.