segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Banda deCifra me anuncia a divulgação de nova música

Em entrevista ao nosso blog, Vivi Alves, vocalista da banda deCifra me falou sobre o lançamento do EP da banda – The Death Mask – que estaria próximo. Em contato novamente com a banda, conseguimos uma novidade: A banda disponibilizará esse sábado (25/12/2010) uma das músicas do EP em seu site e myspace para divulgação.

 Nimue tx-  Estamos ansiosos! O que podemos esperar dessa nova fase da banda?

Vivi AlvesVocês vão se surpreender muito... rsrsrsrs

Nimue tx – Então, podemos saber quais as novidades?

Vivi AlvesA novidade é que fizemos uma versão de um clássico do ano de 1964, do grupo The Shangri –las. A música chama-se The Leader of the Pack.

Nimue tx – Nossa, mas o que fez despertar essa idéia tão diferente de regravar algo tão antigo?

Vivi AlvesA idéia foi do Allan, como sempre! Rsrsrs
Ele conta que certo dia estava assistindo ao filme Happy Feet com o filho, e ouviu a música, que é um dos temas do desenho. Ficou impressionado e procurou mais versões, já que no filme a música não toca na íntegra. Descobriu a versão original e também uma outra, com a banda Twisted Sister. Então, logo ele correu, pegou papel e caneta, fez suas anotações e nos passou. E assim surgiu mais uma versão para The Leader of the Pack.

 Nimue tx-  E qual a proposta desse novo som para a banda? 

 Vivi Alves - A proposta é mostrar o lado mais clássico que se esconde atrás do peso do Heavy Metal.

Nimue tx - Curioso, isso indica uma nova forma de se comunicar com públicos diferentes?
 
Vivi Alves-   Sim. Hoje em dia o Metal atinge muitas vertentes e abrange muitos estilos, e o clássico é um deles. Então, por que não manter uma boa comunicação com todos?

Nimue tx - Claro que sim, mas como acha que os fans reagirão ?

Vivi Alves  - Acredito que não vamos ter problemas quanto à isso. Nossa realidade hoje é o Metal Sinfônico, e, assim como outras diversas bandas do estilo, usamos o clássico e erudito como base.


 Nimue tx -  Qual  foi a influencia para a regravar Shangri-las??

Vivi Alves -  Nesse caso, não chegou a ser uma influência. Foi a oportunidade de fazer algo diferenciado e mostrar algo que não havíamos mostrado antes.

 Nimue tx  - E pretendem fazer outras regravações?

Vivi Alves  - Por hora não. Tocamos versões em nossos shows, mas para regravar, ainda não temos essa pretensão.

Nimue tx - A música estará disponível para o público á partir desse sábado, dia 25/12/2010 nos seguintes endereços da banda:







quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Seventh Seal: abertura do show de Blaze Bayley em São Paulo

A banda Seventh Seal fará a abertura do show do ex vocalista do IRON MAIDEN, Blaze Bayley, no dia 21 de janeiro de 2011 no Blackmore Rock Bar  em São Paulo. Esta será a última apresentação da turnê comemorativa de 15 anos de estrada, "15 Years Insanitour" que passou por paises da Europa além de diversas cidades brasileiras.
Este show terá a estréia do baterista Matheus Marques que foi escolhido entre diversos bateristas que fizeram os testes para entrar na banda. No repertório estarão musicas dos álbuns "Premonition" (Megahard Records-2001) e do último trabalho, "Days of Insanity", (Hellion Records-2007), além de algumas surpresas.

Lendas vivas brasileiras: entrevista com o Chakal

O nome da banda dispensa apresentações, pois são os pioneiros do Thrash Metal no Brasil. Em uma época em que a maioria das bandas de Minas Gerais e mesmo do Brasil faziam Death Metal, o CHAKAL já estava no caminho do Thrash desde a coletânea Warfare Noise, de 1986, onde compareceram com 2 faixas matadoras, as hoje clássicas ‘Cursed Cross’ e ‘Mr. Jesus Christ’, esta última presente novamente em seu primeiro CD, ‘Abominable Anno Domini’, de 1987.
De lá para cá, são mais de 25 anos de muitas lutas, mudanças de formação, vários discos lançados, e sucesso no underground, culminando em uma apresentação meteórica em Cochabamba, na Bolívia, onde a banda foi recebida como verdadeiros heróis, o que de fato são, pois nenhuma banda dura tanto tempo sem ter persistência de aço e vontade de titânio.
Aproveitando esta bem sucedida apresentação, fora os boatos sobre um novo disco da banda, o Whiplash! foi lá bater um papo com Wiz, o técnico baterista do CHAKAL.
Bem, por mais que a banda seja lendária, tem muitos fãs mais jovens que conhecem bem poucosua história. Comentem um pouco sobre ela, de quando começaram das dificuldades, dos discos, enfim, um pouco de tudo o que o CHAKAL fez nesses anos todos.
Wiz: O Chakal foi formado em meados de 1985, como 1ª experiência participamos do Metal BH 2, depois gravamos uma demo tape e fomos convidados a participar da 1ª edição da ‘Warfare Noise’ que foi uma coletânea lançada pela Cogumelo no intuito de fazer um teste para ver se as 4 bandas estavam aptas a lançar um LP individual. Depois disso lançamos outros trabalhos e consolidamos nosso nome na cena que explodiu em MG e no Brasil durante a década de 80 e 90. Atualmente estamos nos preparando para lançar um novo trabalho e fazendo alguns shows pelo Brasil e exterior.
Vocês estavam lá quando a cena mineira pôs o Metal Nacional no cenário mundial, fizeram parte dessa história toda. Qual o maior sentimento de vocês em relação a isso? Qual o maior arrependimento e maior realização da banda?
Wiz: Não sou muito saudosista, mas seria até irresponsabilidade de minha parte não reconhecer a importância histórica que Belo Horizonte teve no fim dos anos 80. Talvez por ter participado diretamente de tudo isso eu tenha um olhar diferenciado da coisa toda, mas é impressionante como até hoje a gente encontra pessoas que falam ‘nossa eu comecei a gostar de Metal por causa de vocês’. Acho que esse reconhecimento é a coisa mais importante que a gente pode esperar. Só tenho arrependimentos pessoais nada com respeito à banda, a maior realização acredito que é nossa discografia e alguns shows que vão ficar na memória para sempre.
De sua geração, o CHAKAL sempre foi a banda mais diferenciada, buscando usar da técnica e mesmo melodias bem armadas, estruturas musicais bem incomuns para sua época, onde imperava a crueza e simplicidade. E isso em 1986, antes das bandas de então, tanto daqui quanto de fora, evoluírem musicalmente. Indo a fundo, o que diferenciaria vocês, naquela época, dos outros músicos de MG, para terem esta particularidade?
Wiz: Acho que uma coisa que nunca tentamos foi ser a banda mais rápida ou mais barulhenta ou mais técnica, estas coisas acabaram acontecendo naturalmente e em doses certas, com isso acabamos sendo uma banda rápida, barulhenta e técnica, isso reflete em nossos trabalhos com músicas que vão pendendo para um ou outro lado. Outro ponto que vale destacar é a influência individual de cada um que acaba mesclando muito o som da banda sem descaracterizá-lo.
Vindo mais para frente, uma curiosidade que muitos fãs possuem, e poucos sabem: o que levou Korg a deixar a banda e ir montar o THE MIST? E como foi gravar o ‘The Man is His Own Jackal’ sem ele, já que são amigos há tantos anos?
Wiz: Sabe que a saída dele foi uma coisa que foi acontecendo, pra dizer a verdade eu não consigo falar um motivo. Eu e ele somos irmãos, mas sempre consegui não misturar estas coisas, tive mais problemas com a saída do Pepeu tanto que fiquei vários anos sem conversar com ele.
Quanto a gravar o ‘The Man...’, tivemos alguns problemas, mas nada que tivesse alguma ligação com o Korg.
Os anos 90 foram bem cruéis com todas as bandas do Metal nacional das antigas, tanto que muitos de vocês deram uma parada forçada. O que levou a banda a dar esta parada? E como foi que surgiu a volta de vocês, com Korg mais uma vez nos vocais?
Wiz: Estávamos tendo problemas de relacionamento na banda, nada pessoal só problemas musicais e de falta de interesse, mas acho que isso estava acontecendo com todo mundo os shows estavam ficando escassos e vazios e a maioria das bandas estavam mais afim de misturar metal com baião e samba etc.
Outro destaque forte da banda, em todos os seus discos, são as letras, pois todos trazem temas politizados como em ‘May Not the Mankind Suffer’, homenagens a Jason em ‘Jason Lives’, alguns temas que remetem diretamente aos trabalhos de John Carpenter, e mesmo ironias como ‘Santa Claus has Got Skin Cancer’, se contrapondo aos temas satanistas repetitivos de então, e mesmo sendo uma referência para outras bandas. Vendo tudo isso, de onde sai tanta inspiração? Algum de vocês é viciado em livros e filmes de terror, ficção e do fantástico literário?
Wiz: Existe uma grande diferença entre as composições da época do Korg com os outros trabalhos, no ‘The Man...’ e o Death is a Lonely...’, as letras são mais para o humor negro e a maioria foi escrita por um amigo nosso (Eduardo Gordo), junto com o Laranja, algumas letras eu dava a idéia básica assim como o título dos dois LPs. Acho que todos somos viciados com filmes de ficção e terror, mas eu o Korg sempre fomos grandes leitores desde criança. Com certeza isso influencia diretamente nos temas do Chakal.
Vindo mais para o presente: a banda tocou a pouco tempo na Bolívia, em Cochabamba, o que tem se tornado algo corriqueiro agora, pois várias bandas brasileiras estão indo por este caminho. Falem um pouco sobre esta experiência. Como foi a recepção do público de lá? Há planos para mais shows em outros países? E uma curiosidade: vocês chegaram a sofrer com a altitude do país, já que a cidade fica a 2560 metros em relação ao nível do mar?
Wiz: A recepção foi incrível, com faixas da banda no aeroporto, muitas fotos e depois uma tarde de autógrafos bastante movimentada. E sim, existem alguns contatos para shows em outros países, mas por enquanto estamos só nas negociações. Cochabamba fica a 2.800 metros então não é tão problemático o efeito da altitude, as vezes você sente um pouco de falta de ar se subir uma escada muito rápido ou precisar correr, mas não é nada muito agressivo. O show foi muito bom e muito bem organizado e fizemos muitos amigos por lá, se tudo der certo ano que vem voltaremos.
Falando sobre o som de vocês mais uma vez, a evolução, sem perder a essência de seu estilo, é uma de suas marcas registradas do CHAKAL, mais uma vez se contrapondo a muitos de seus contemporâneos. Da ‘Warfare Noise I’ até hoje, é possível constatar que a banda é a mesma, apesar de evoluída em todos os aspectos. O que podemos esperar no próximo disco de vocês? Podem nos adiantar algo?
Wiz: Estamos tocando algumas músicas novas no show e a galera está curtindo como se já conhecesse a música, isto é muito gratificante, pois eu entendo que a maioria das bandas sofre para colocar coisas novas no meio do repertório e conosco está acontecendo até o contrário. Alguns fãs perguntam depois se o novo trabalho vai seguir a linha das músicas novas. Sobre o novo trabalho, eu sempre penso que o trabalho novo é uma mescla de tudo que já fizemos então tem coisas de todos os nossos trabalhos antigos e mais algumas coisas que vamos adicionando com nossa experiência do passar dos anos, o que não fazemos nunca é seguir modinhas.
E por falar nele, quando é que ele chega? Os fãs já estão ansiosos!!!
Wiz: Ainda não temos uma data, como disse estamos fazendo o caminho inverso testando as músicas ao vivo para depois gravar. O CHAKAL espera ver todos vocês na estrada em 2011!



Rhevan e Mellinne: parceria para gravação de música

A banda de Gothic Metal MELLINNE anuncia a participação da vocalista Daniele Navarro, da banda sul matogrossense RHEVAN, na gravação da música Falling, que em breve estará disponível para audição. 

Emerson Silva, baixista do MELLINNE, comemora a parceria: "A Dani é uma das melhores vocalistas do Brasil, estamos honrados em contar com sua presença em nossa música e muito felizes por ela ter aceitado nosso convite. Com certeza é um ganho enorme para o MELLINNE". 

O RHEVAN já é conhecido do público devido ao lançamento do CD Perpetually, que recentemente foi liberado para download, e do video clipe 'Fortune and a Name", eleito o melhor do ano pelo site afiliado da MTV Rock do Mato. "Fiquei muito feliz com o convite feito pelo MELLINNE, espero que o público goste da música", comenta Daniele, vocalista do RHEVAN. 

Em breve a música será disponibilizada no Myspace Oficial do MELLINNE e sairá também na coletânea Metal Front. 

Sites relacionados: 
www.myspace.com/mellinne 
www.myspace.com/rhevan


FONTES DESTA MATÉRIA: http://www.roadiecrew.net/pt/



Frost Despair faz show de abertura para o Cradle of Filth

A banda gaúcha Frost Despair foi confirmada como a atração para o show de abertura na apresentação que o Cradle of Filth fará em Porto Alegre, no próximo dia 19 de dezembro.

Formado por Odommok (vocais), Flávia Schmith (vocais), Agammenomm (teclado), Renan (guitarra), Lair Raupp (guitarra), Rodrigo Marques (baixo) e Matt (bateria), o grupo mostrará ao público da capital gaúcha as músicas que compõem o primeiro EP da carreira.

Atualmente o Frost Despair está em pleno processo de gravação desse material que será lançado oficialmente no primeiro semestre de 2011. A banda vai tocar as seis músicas do EP e mais um cover. As músicas do repertório do EP e do show são as seguintes:

- At The Gates
- Splendor War Introduction
- Splendor War
- Dark Bachiana
- The Final Breath
- God Delusion
- Cover surpresa

“Estamos focados em mostrar nosso trabalho em dezembro e investindo fortemente na banda”, comentou o vocalista Odommok. “Queremos dar ao público de Porto Alegre, do estado e mesmo sul do país, uma música de qualidade com a primazia extrema do Metal e a roupagem da erudição clássica”. Para conhecer o trabalho do Frost Despair acesse o endereço www.myspace.com/frostdespair.

Confira as informações sobre o show do Cradle of Filth na capital gaúcha, com abertura do Frost Despair:

19/12/2010 - Porto Alegre/RS
Bar Opinião - Rua José do Patrocínio, 832
Horário: 20h00
Ingressos: R$ 60,00 (1º lote), R$ 70,00 (2º lote), R$ 80,00 (3º lote) e R$ 90,00 (4º lote)
Pontos de venda: A Place - Rua Voluntários da Pátria, 294/150 / Back in Black -Shopping Total 2º andar / Zeppelin - Rua Marechal Floriano, 185 loja 209
Vendas pela internet: www.ticketbrasil.com.br



terça-feira, 30 de novembro de 2010

Korpiklaani: faixas, capa e data de "Ukon Wacka"

banda finlandesa de folk metal KORPIKLAANI divulgou detalhes do novo álbum "Ukon Wacka" (palavra referente a antigas festas  pagãs de sacrifícios). Como todas as músicas são cantadas na lingua nativa do grupo, o encarte do CD virá, como de costume, com as traduções, para o inglês, de cada música. O álbum ainda conta com uma homenagem aos fãs "sulamericanos" através da música "Tequila". "Ukon Wacka" será lançado na Europa dia 4 de fevereiro via Nuclear Blast Records.
01. Louhen Yhdeksäs Poika
02. Päät Pois Tai Hirteen
03. Tuoppi Oltta
04. Lonkkaluut
05. Tequila
06. Ukon Wacka
07. Korvesta Liha
08. Koivu Ja Tähti
09. Vaarinpolkka
Fonte desta matéria: Blabbermouth

Leaves' Eyes: autoridades indianas cancelam show

O LEAVES' EYES tinha uma apresentação  única marcada na Índia, em 19 de novembro, em Goa, no Indian Music Conference. Entretanto, a parte de metal do festival foi cancelada pela polícia local.
Leia um comunicado oficial da banda abaixo:
"Queridos fãs e amigos na Índia, nós lamentamos muito que não pudemos tocar no Indian Music Conference, no Campal Ground em Panjim, Goa, na sexta-feira, 19 de novembro. No dia seguinte após a nossa chegada em Goa tudo foi preparado com sucesso, passamos o som e estávamos mais do que prontos para pisar no palco e tocar nossa música para nossos fãs indianos pela primeira vez na história da banda. Quando estávamos prestes a sair do hotel para o local do festival, fomos informados que o show havia sido cancelado pelas autoridades locais. Ficamos completamente chocados com essa notícia, porque estávamos muito empolgados e queríamos muito tocar na Índia. O cancelamento não foi uma decisão nem do Leaves' Eyes, nem da Spotlight Events! Agora, estamos planejando voltar para a Índia em 2011 para finalmente tocar para nossos fãs. Por favor, fiquem ligados".
Fonte desta matéria (em inglês): Brave Words & Bloody Knuckles

Within Temptation: Sharon grávida e shows adiados

Enquanto todos nós estamos nos preparando para o lançamento do novo álbum, eu tenho uma notícia que pode surpreendê-los: Robert (Westerhold, guitarrista) e eu estamos esperando um filho. Para ser honesta, não estava planejado, mas nós estamos muito felizes, pois nossas crianças enriqueceram as nossas vidas.
Eu fico feliz em dizer que o lançamento no nosso novo álbum não será alterado: março de 2011! As gravações acabaram e as músicas estão em fase de mixagem agora, todos os preparativos para o lançamento estão programados, então não há motivos para esperar.
Entretanto, não pudemos evitar de remarcar a turnê, já que será impossível fazer um grande show para vocês nos últimos meses da minha gravidez. Também, pelas complicações que tive nas outras vezes, é perigoso para mim e para o bebê muita atividade nos meses finais.
As datas da turnê já estão remarcadas para o outono (do hemisfério norte) de 2011. Os ingressos que vocês compraram ainda serão válidos para as novas datas.
Mais informações sobre Within Temptation em:
http://www.within-temptation.com/

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Thiago Bianchi: "Levantem e mordam!"

Thiago Bianchi, vocalista do KARMA e SHAMAN distribuiu o press-release a seguir.
Seguinte, não sou de fazer isso, mas na real, num tem mais como agüentar tudo isso de boca fechada.
É como extrema tristeza e desapontamento que venho por meio desta manifestar- me, não só como membro de uma banda ícone do heavy brasileiro, mas também como um fã do estilo e claro BRASILEIRO!
Não dá mais, chega.
É o fim o rumo que esse estilo tão calorosamente amado por todos aqui, está tomando. Não é só pelas portas na cara da grande mídia, tanto televisiva, radiofônica ou mesmo de internet, que mais dói, mas sim o próprio público que vem se levantando uns contra os outros como bárbaros sem propósito ou até mesmo torcidas organizadas, sedentas por sangue e promovendo aquelas tristes imagens que vemos por aí.
O momento de reflexão JÁ ERA!!! Agora é hora de agir!
Desculpe a sinceridade, já falei muito isso mas tudo bem, não me canso...
Todos os dias de minha vida, acordei, saí da cama e fiz algo pelo heavy metal.
E na boa? Num precisava...
Vim de uma família de classe média paulista onde minha mãe cantora de MPB e meu pai baterista de samba, poderia ter muito bem ido pra outras ondas, mas não.
Justamente também por ser filho dessa classe media, poderia ter escolhido outras profissões, como desenhista, designer ou o que seja.. Mas não. O sangue falou mais alto e resolvi fazer o que acreditava, o que fazia mais sentido pra mim. Ouvir aquela voz de dentro era o mais correto sem dúvidas. Mais tarde aprendi que aquilo se chamava intuição.
Por essa tal intuição, cá estou pra deixar claro pra todos o descontentamento não só meu, mas de muitos colegas metaleiros que dividem dessa mesma depressão que a cena tem nos causado.
Porra, vocês são cegos?
Num percebem o que está acontecendo?
O METAL NACIONAL ESTÁ ACABANDO!!!
E o que essa meia dúzia de merdinhas fazem?
Jogam mais lenha na fogueira!
Dão mais motivos para os grandes meios fecharem mais as portas para essa cena já capenga que é o Heavy Metal Brasileiro.
Cena essa tão vasta e rica de outrora...
Onde não só ANGRA, SEPULTURA e SHAMAN apareciam, mas também WIZARDS, SYMBOLS, KAVLA, KRYSIUM, TUATHA DE DANNAN, VIPER, KARMA, SKYSCRAPER, TEMPESTT, HANGAR, HYBRIA, TORTURE SQUAD, KORSUS, DR. SIN... nossa!!! E por aí vai...
Percebem a riqueza disse “celeiro”???
E sabe o que muitas dessas bandas hoje em dia fazem? Se matam pra ter um pouco de espaço, um micro espaço pra poder continuar sobrevivendo... infelizmente falando das que ainda vivem, pois muitas delas entregaram os pontos... infelizmente.
Mesmo as consideradas “grandes”, quando não estão na estrada, estão se virando com outros trabalhos, pra poder colocar o arroz com feijão em casa, cuidar da família e ainda de quebra, lutar contra todo um sistema falido de rock, contra a mídia que insiste em fechar os olhos prum meio que certamente é um dos únicos que lota estádio e o pior... hoje em dia, contra os próprios fãs!!!!!!!!!!!!!!
CARALHO!!!! O QUE É ISSO? QUE MERDA É ESSA??
Será que tá todo mundo cego?
Todos aprendemos na escola como o Brasil começou sua história, sendo “estuprado” pelos gringos, certo? Certo.
Então por que hoje em dia ainda vivemos como esses Índios mas pior, parecem GOSTAR do estupro... parecem querer mais???
Ainda dependemos dos “gringos” pra sobreviver!!!
Por que?
Por que só o que vem de fora presta e o nosso é uma merda?
Por que a grande maioria do povo insiste em não saber dizer se gosta ou não de uma banda, até ela ir pra fora e ser reconhecida?
Não venham me dizer que é pela língua, que porque cantamos em inglês, somos nós também “paga-paus” de gringos, porque num é isso. Todos sabem isso acontece, justamente é essa língua que nos permite levar mundo a fora nossa riqueza cultural e histórias como povo.
E caralho... o gringo nos ama!!!
Por que nossa própria gente não?
Por que brasileiro é tão ignorante ao ponto de cuspir no seu próprio produto e aplaudir o de fora, mesmo quando o que vem de lá muitas vezes não compreende a qualidade do fabricado aqui?
Será que num está na hora de começarmos não só a nos perguntarmos isso, mas na verdade a AGIR?
Será que num está na hora de começarmos a lotar estádios com o que é nosso? Com o que vem de nosso sangue?
Até quando só o gringo presta e nós fedemos?
Vocês querem o que? Um mapa? Um guia? Uma ajuda?
Ok, cá estamos. Podemos ajudar vocês a olharem pra o que é de vocês e levar isso pra frente.
E como Fazer isso?
Ué, é simples.
A primeira coisa, é parar de apedrejar nossas bandas.
Se você gosta mais de uma do que de outra, uau... quer dizer que você é um ser humano e não que a outra num presta.
Parem de atacar os músicos de sua terra, em primeiro lugar, pois vocês não tem a menor idéia do que passamos pra que vocês possam BAIXAR essa porra discos que fazemos e ainda se dão o direito de sair por aí difamando esses mesmos HERÓIS que dão o sangue pra que o METAL NACIONAL tenha ainda algum valor.
Parem e reflitam...
O que os deixariam mais contentes do que um evento no Morumbi, Pacaembu ou o raio que o parta, feito só de bandas nacionais?
Imaginem um evento, coberto pela GLOBO, RECORD, SBT, KISS FM, JOVEM PAN, UOL, BANDEIRANTES, televisionado pra todo o Brasil, feito só por bandas de heavy nacional!!
Um evento lotado, onde a banda nacional num está lá pra “abrir” a porra do show e muitas vezes tomar chuva de lata só pro gringo ter mais o prazer de dizer “são o 3o mundo mesmo!!” (Como já ouvi nego dizer por aí, frente uma cena dessas...).
Vocês conseguem imaginar?
Conseguem imaginar uma cena como a lá de fora, onde todos os músicos que vocês amam ou gostam ou pouco se fodem por eles, possam ter uma vida voltada pro Heavy, tendo sua base de fãs, fazendo shows e levando suas mensagens Brasil e mundo a fora e porra, podendo viver disso, sem ter que tomar porta na cara de TODOS os meios, comer merda de promotores que num estão nem aí pra sua banda, porque ela num é gringa ou porque num faz cover de uma gringa?
Imagina bandas animais como algumas das que citei a cima e muitas outras, não tendo que acabar por falta de retorno, ou podendo viver plenamente disso, voltados apenas para seus discos e clipes e carreiras metálicas...? Imaginem a qualidade ainda mais alta por conta de num ter outra obrigação!!
Aí sim vocês poderiam criticar. Porra o cara só faz isso, então que melhore.
Sabe por que pergunto isso também?
Vejam quantas das bandas citadas a cima ainda existem ou os grandes músicos que nelas atuaram ou atuam, onde estão?
Vocês acham que é isso que nós merecemos?
Por lutar por nossa música e representar nosso pais mundo a fora... é isso que merecemos? Pedras e cusparadas de uma meia de Dúzia de otários que num merecem nem os dedos que tem já que os mesmos só servem pra teclar besteiras ou mesmo levantar o dedo do meio pra qualquer ação coerente prol Heavy Nacional...
Isso é uma vergonha!
E mais vergonha deles é de vocês, que deixam isso acontecer.
Vejam, está na hora de mudar esse cenário!
Está na hora de levantar e morder quem tem ódio contra nossa classe!
Levantem!!! Mordam!!!!
Peguem seus dedinhos e teclem para as grandes emissoras, os grandes meios pedindo heavy nacional!!!!
Disquem de seus telefones e celulares para as rádios pedindo heavy Nacional!
Escrevam para todos os meios!!!
Está na hora de se unir!!
Façam como nós... levantem todo dia de suas camas e façam algo pelo heavy metal nacional!
Chamem seus amigos agora no MSN, no Orkut, no facebook, twitter, myspace, hotmail, gmail... tudo que tiverem e convidem as pessoas para ouvirem as bandas nacionais.
Encham os sacos de todos, sejam chatos, criativos, sejam amigos, colegas, malas ou a puta que o pariu, mas caralho, façam algo pelo estilo que amam!!!
Ou senão galera, o que já está minguado, a tendência é acabar...
Eu, com minha vontade aqui, estou falando em encher estádios só com o metal nacional, mas a atual situação é bem distante disso...
E isso é muito triste.
Digo isso porque, mais uma vez, todo dia eu levanto e faço algo pelo heavy metal nacional... há 16 anos. E num é fácil pra mim, lhes garanto e certeza que num vai ser fácil pra vocês. Mas se todos aqui começarem a plantar suas sementes, eu juro que logo seremos muitos e unidos teremos uma cena forte, onde toda banda tenha seu espaço. E essa porra de cena nacional pare de viver de bandas gringas, porque tem muito ouro aqui!
Tá na hora moçada!
Levantem e mordam!!!!!!!!
Eu prometo que lá na frente vocês vão lembrar dessa época, com o mesmo desprezo que a grande mídia tem por nós.
Levantem e mordam!
O METAL NACIONAL é um dos melhores do mundo, está na hora do público também ser.
Sinceramente,
THIAGO BIANCHI -
SHAMAN / KARMA / ARENA / PRODUTORA FUSÃO ESTÚDIOS.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Esquisitices: algumas exigências bizarras para shows

Se você pudesse pedir qualquer coisa antes do seu show, o que pediria? Confira abaixo algumas das melhores ou mais loucas exigências feitas por artistas do rock e metal.
1) GORGOROTH - 50 cabeças de ovelhas, 200 metros de arame farpado, 1 carpinteiro, papel higiênico rosa extra macio.
2) IGGY POP - uma faca afiada, chá de pólvora chinês, um jornal de língua inglesa, um monitor que fale inglês e não tenha medo da morte, um imitador do Bob Hope, 7 anões, 6 garrafas de cerveja boa da região, 2 garrafas de Bordeaux (vinho).
3) MARILYN MANSON - ar-condicionado sempre no máximo, balinhas de goma da Haribo, Doritos, absinto, uma prostituta careca e sem dentes.
4) GUNS N' ROSES - cigarros Dunhill, Marlboro, Camel, revistas adultas (Playboy, Penthouse).
5) Sammy Hagar - vodka Absolut, Jack Daniels, Bacardi Anjeo, tequila Premium, 6 limões, 4 copinhos, aipo (cortado e não descascado).
6) MOTLEY CRUE - maionese Kraft, mostarda Grey Poupon Dijon, manteiga de amendoim Skippy Creamy, uma jiboia de 12 metros de comprimento, uma sub-metralhadora, horários marcados nos AA da região.
7) KORN - advogado, médico, dentista.
8) POISON - Um intérprete para os fãs surdos.
9) THE BLOODHOUND GANG - um macaco.
10) THE DARKNESS - absinto, suco de frutas.
11) FOO FIGHTERS - queijo fedorento.
12) KISS - um suprimento de bonecas infláveis do KISS.
13) HIM - bíblias.
14) ROLLINS BAND - 2 caixas grandes de cereal, 2 litros de leite e 2 litros de leite de soja, café escuro torrado italiano, 12 barrinhas de proteína.
15) VAN HALEN - uma bacia de M&Ms sem nenhum de cor marrom.
16) TAKING BACK SUNDAY - um poster do Michael Jackson da era pré-Dangerous.
17) BON JOVI - 2 esfregões, 2 baldes, 2 vassouras, 2 rodos grandes.
18) LED ZEPPELIN - Ferro de passar, tábua de passar.
19) LIMP BISKIT - lâmpadas fluorescentes.
20) DEF LEPPARD - suco de frutas, biscoitos de trigo, ameixas muito muito pequenas.
21) NICKELBACK - passar a tarde jogando golfe.
22) MOTORHEAD - ovos de chocolate Kinder Egg.

Soulspell Metal Opera este sábado no Blackmore Bar

O Soulspell Metal Opera, maior projeto Heavy Metal brasileiro de todos os tempos, fará sua estreia no Blackmore Rock Bar (SP), em evento que será realizado no dia 27 de novembro (sábado), a partir das 22h. 

Uma mistura saudável e única do melhor do Rock e Heavy Metal brasileiro, com ingredientes de peças de teatro, como interpretações, figurinos e palco especial. Sempre regado a cantos e contracantos, coros e muitos backing vocals, o espetáculo conta sua trama única em letras de músicas e narrações, que levam o público a entender e se sentir dentro da história dos discos do projeto. O show é inspirado em óperas clássicas, em que cada um dos vocalistas representa o seu personagem através de letras, figurinos e climas causados pela iluminação e sonoridade especial de cada trecho. 

O elenco do show conta com alguns dos maiores vocalistas brasileiros da atualidade: Edu Falaschi (Angra), Iuri Sanson (Hibira), Mario Pastore (Pastore), Tito Falaschi (Symbols), Mário Linhares (Dark Avenger), Manu Saggioro e Daisa Munhoz (Vandroya). Ao lado do criador do projeto, o baterista Heleno Vale, estarão os músicos Gabriel Magione (teclado, Darkager), Renato Spiro (baixo). 

A abertura do evento ficará a cargo do Scarecrow (Avantasia Cover), que volta ao palco do Blackmore depois do grande sucesso de sua última apresentação em setembro! Saulo Santos (Tobias Sammet), Edney Marques (Michael Kiske, André Matos), Frank Langona (Kai Hansen, Alice Cooper), Daniel Guirado (Oliver Hartmann, Rob Rock, David De Feis, Bob Catley, Ralf Zdiarstek, Jorn Lande), Ingrid Pontes (Amanda Somerville, Sharon Den Adel), Danny-món (backings), Juliano Grego (Guitarra), Leandro Moreira(Guitarra), Wanner Mauricio (Baixo), Caetano Gorth (Teclados), Gabriel "the outdick" Viotto (bateria, percussão), Heleno Vale (bateria), prometem um show teatral, com fantasias e cenários. 

Serviço: 
Soulspell Metal Opera e Scarecrow (Avantasia Cover) 
Data: sábado, dia 27 de novembro 
Horário: 22h 
Local: Blackmore Rock Bar 
Endereço: Alameda dos Maracatins, 1317, Moema - São Paulo/SP 
Fone: (11) 5041-9340 
Entrada antecipada: R$15,00 (H/M) 
Entrada na porta: R$20,00 (H/M) 
Promoção: Cerveja Sol R$ 3,00 a noite toda 
Sorteio de Kits com CD, camiseta, adesivo e pôster 

Postos de Venda: 
Die Hard (Galeria do Rock) 
Ticket Brasil - www.tocketbrasil.com.br 
Blackmore Rock Bar: De sexta a domingo (a partir das 18h) 

Cartões de Débito: Rede Shop / Visa Electron / Maestro 
Cartões de Crédito: Mastercard / Visa 
Reserva de mesas por e-mail: blackmore@blackmore.com.br 
Estacionamento: Vallet Service na porta (R$ 15) 

Sites relacionados: 
www.blackmore.com.br 
www.soulspell.com

Symfonia: contrato asiático, data de lançamento de álbum

SYMFONIA, o novo projeto de metal melódico com ex-membros do HELLOWEEN, STRATOVARIUS, ANGRA  e SONATA ARCTICA, entrará no Studiomega, em Varberg, Suécia no dia 25 de novembro para começar a gravar 12 músicas para o álbum de estréia, que está com lançamento previsto para 25 de março de 2011 .
A banda assinou um contrato com uma dos maiores selos do metal japonês, a Marquee Avalon, para o território asiático, incluindo a China. Negociações para outros territórios ainda estão em andamento.
Um comunicado de imprensa diz o seguinte: "Eles são lendas entre a comunidade do metal melódico. Por pura coincidência, todos eles se encontravam morando no mesmo continente, a Escandinávia, decidiram então unir forças e expressar seus talentos na forma de um novo projeto de metal melódico: SYMFONIA.
"Honrando a herança de suas bandas anteriores, o Symfonia continua a tradição destas bandas do metal melódico com uma excelente musicalidade, que é um casamento feito no céu. Esta é uma força que nenhum fã sério do metal melódico será capaz de ignorar. "
SYMFONIA é:
* Timo Tolkki (STRATOVARIUS, REVOLUTION RENAISSANCE) - Guitarra
* André Matos (ANGRA, SHAAMAN, VIPER) - Vocais
* Jari Kainulainen (STRATOVARIUS, EVERGREY) - Baixo
* Mikko Härkin (SONATA ARCTICA, KOTIPELTO) - Teclado
* Uli Kusch (MASTERPLAN, HELLOWEEN) - Bateria
O SYMFONIA fará sua estréia ao vivo em 18 de fevereiro de 2011, no Finnish Metal Expo (parte da Helsinki Metal Meeting) em Helsinque, Finlândia.
Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth.Net

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Poisonblack: guitarrista Janne Markus deixa a banda

Conforme veiculado no último dia 16 de novembro no site oficial do POISONBLACK, o guitarrista Janne Markus deixou a banda após quatro anos.
O grupo soltou a seguinte nota:
"Após quatro anos e dois álbuns, temos que anunciar que Janne não está mais na banda. Seus objetivos e ambições não poderiam ser concretizados dentro do Poisonblack, então nós entendemos e respeitamos totalmente [sua decisão]. Sua criatividade demanda uma outra direção, que o Poisonblack jamais poderá e irá prover. Esta será a primeira e última oportunidade em que nós explicaremos as razões por trás de sua partida, então não nos incomodem com questionamentos. Nós o agradecemos pela música, pelos momentos inesquecíveis que compartilhamos juntos - dentro e fora dos palcos - e desejamos o melhor para o seu futuro."
No mesmo dia, Janne Markus soltou a seguinte declaração em seu perfil oficial do Facebook:
"Às vezes as coisas chegam ao fim, e este é um daqueles momentos em que eu tenho que refletir sobre a minha vida e meu futuro, e onde realmente meu coração pertence. Não há sentimentos ruins, é simplesmente o fim. Eu desejo tudo de melhor para o resto da banda e gostaria de agradecê-los por todos esses anos e ótimos momentos. Eu também gostaria de agradecer a todos os fãs e pessoas que eu encontrei nesses anos!"
Para mais informações, acessar o site da banda:
http://www.poisonblack.com



Mike Portnoy: "ao prosseguir, eles abalam nossa relação"

Mike Portnoy, ex-baterista do DREAM THEATER, falou recentemente à revista Classic Rock Prog sobre sua decisão de sair da banda que ele montou e liderou por 25 anos. Ele disse: "Estaria mentindo se não dissesse que estou devastado pela decisão do DREAM THEATER continuar sem mim.
"Após dar minha alma e meu coração, sangue, suor e lágrimas para a banda nesses 25 anos, eu esperava que eles desse mais valor a mim e a nossa relação e respeitassem a necessidade de darmos um tempo. Estou com o coração partido com a decisão deles. O que também me mata é que, no passado, os caras nunca questionariam ou debateriam minha direção dentro da banda. Eles sempre me deixaram tomar as decisões e sempre confiaram na minhavisão e liderança. Então, com um conflito enorme e pessoal, eles discordaram de mim pela primeira vez - na maior decisão de todas".
"Superficialmente, parecia que a vida era grande e seguia em pleno vapor, mas, sob a superfície, havia atritos e conflitos. Tinha um integrante que, literalmente, não ficava sentado na mesma sala com o resto da banda. Somente o víamos no palco ou confraternizações. Os outros membros reclamavam muito das coisas do dia-a-dia. São sinais óbvios de desgaste".
"É claro, que na iminência da separação, os caras tem que se manter juntos. Então, tenho certeza que eles vão olhar para esses problemas e vão mudar. Só estou triste porque eles não esperaram por mim".
"A escolha de continuarem sem mim vai abalar seriamente nosso relacionamento, assim como o legado que eu gastei tanto tempo para construir e proteger".
Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Shaman: “O Som está aqui. Honesto, de peito aberto!”

Independente das agruras do passado, é inegável que o Shaman soube como dar a volta por cima e, com o lançamento de "Origins", esteja em uma de suas melhores fases. O disco foi muito bem recebido no Japão e agora está chegando ao mercado nacional via Voice Music, inclusive trazendo como bônus o DVD "Shaman & Orchestra - Live At Masters Of Rock Of Prague".
Já considerado como um dos mais relevantes álbuns nacionais de 2010, o Whiplash! conduziu uma entrevista com o vocalista Thiago Bianchi e o baterista Ricardo Confessori, que falaram sobre o atual estágio de sua carreira, detalhes do novo disco e projetos que estão por vir. Confiram aí:
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Whiplash!: Olá pessoal. Primeiramente, parabéns pelo esmero empregado em "Origins", que está excelente. Este é o segundo disco com a nova formação... Como analisam as duas fases que o Shaman atravessou em sua primeira década?
Ricardo Confessori: A primeira fase foi de construção e a segunda de reconstrução... Aprendi muito com a primeira formação, principalmente no que diz respeito ao segundo lançamento. Deve haver muito empenho para superar o primeiro CD, e pecamos nisso na primeira formação, mas não com a atual. E digo mais, hoje em dia acredito que cada CD tem que ser uma superação, uma mudança, ou a banda se estagna. Com a nova fase, já ultrapassamos o número de lançamentos da antiga formação, são dois de estúdio e dois DVDs, então acho que agora o trabalho é o de se posicionar com um novo som, o som de cada um da banda e conquistar novos fãs.
Thiago: Obrigado, Ben. Sim, a banda completa agora 10 anos e isso nos traz muita felicidade de fazer parte dessa história. Suas duas fases são intensas e honestas. Seria arrogante de minha parte dizer que evoluiu aqui ou ali, mas o fato é que a banda teve uma mudança profunda, mas não em sua música, mas sim da fase que essa mudança aconteceu.
Thiago: O SHAMAN tem uma história rica, vem de uma era onde o Heavy Metal era respeitado no Brasil, isso não acontece agora. Levamos a ferro e fogo nossa bandeira, nossa música, mas não só enfrentamos o desdém da mídia, mas também o próprio público que não acompanhou a evolução da cena metálica mundial, um público que não se revitalizou. Perdemos muito com a situação em que se encontra a música hoje em dia. O ‘business’ musical ainda não entendeu que não precisa ‘enfiar goela abaixo’ das pessoas um determinado estilo musical só porque existe uma ‘tendência’ ou um novo público se formando.
Thiago: Não é só por isso que todo outro tipo de música tenha de ser ignorado. E as pessoas respondem a isso! Isso que me corrói! Não entendo como, mesmo num mundo com informação tão abundante quanto na internet, as pessoas ainda se condicionem a fazer só o que a grande mídia sugere. Isso é errado! As pessoas têm que ser mais curiosas, mais ‘abertas’ ao novo! Ao ‘diferente’! Por si só, e não porque a TV ou o rádio disseram que é o certo!
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Thiago: Esse é um retrato de antes e depois, a meu ver. Fazemos um som de qualidade de banda de mídia, a um mundo que só olha para o que a mídia manda e agora não é o Metal. O Som está aqui. Honesto, de peito aberto e feito com vontade de tirar as pessoas de suas mentes e levá-las ao ‘novo’. A “evolução da espécie”.
Whiplash!: Bom, as origens do novo disco... Sua primeira música foi “No Mind”, já finalizada desde 2008. Nesta época, vocês já tinham definido que o próximo trabalho seria conceitual, ou a estória foi desenvolvendo com o tempo?
Thiago: Sim, “No Mind” foi o pontapé inicial dessa nova fase... Na verdade, eu já tinha uma idéia desde o tempo do “Ritual” (nota do editor: Thiago produziu a demo que originaria o disco “Ritual”, na época, apenas como produtor), de contar a história daquele índio que figurava na capa e quando pintou o “Immortal”, eu já escrevi algumas coisas indicando ‘traços’ da mudança que “Amagat” sofreria quando SHAMAN. “Origins” se trata de sua ascensão como ‘iluminado’, quando ainda menino, “Ritual” é sua história quando ‘atuante’ como SHAMAN e “Immortal” quando ‘ressuscitou’.
Thiago: Comentei com o pessoal da banda e eles curtiram a idéia, e logo passaram a dar ‘pitacos’ na história, principalmente o Ricardo, que conhece a estória do SHAMANdesde o início.
Confessori: O Thiago teve essa idéia de contar a ‘origem’ do shaman, isto é, como um garoto se tornou shaman, conheceu os sonhos, viajou dentro deles para conhecer os segredos e curar as pessoas. Por coincidência, saiu um filme esse ano chamado ‘A Origem’ com Leonardo Di Caprio, que fala exatamente da realidade nos sonhos e de um cara que entra nos sonhos dos outros, pra extrair informações.
Whiplash!: Seria equivocado dizer que há algo autobiográfico por trás do conceito de "Origins"?
Thiago: Hum... (risos). Vamos por partes... Primeiro temos que enxergar ‘Amagat’ como um menino que, em um primeiro momento, se viu perdido por conta dos conflitos intensos entre sua mente e sua intuição em sua vida, e como isso o afetou dentro de sua sociedade, que o ‘expulsou’ por conta de considerar suas questões uma ‘anomalia’ frente seus costumes.
Thiago: A partir de então, ele se vê obrigado a fugir até finalmente se perder mata adentro, onde iniciaria os ‘10 passos’ de seu caminho à ‘iluminação’. E isso é um traço de muitos mestres espirituais, como Jesus, Buda, Osho, Krishina... Todos eles tiveram um ‘sumiço’ em suas histórias. E com ‘Amagat’ não seria diferente. Até finalmente seu retorno como um ‘iluminado’ e logo, líder espiritual de sua tribo.
Thiago: Acho que todos nós temos, em algum momento de nossas vidas, essa série de situações onde você é obrigado a evoluir, por conta de uma força muito forte que emana dentro de si mesmo. Quando você se encontra pronto para ouvir essa ‘voz’, uma série de acontecimentos fora de seu controle passa a tomar conta de sua vida. Como você vai agir frente a isso, só você mesmo pode responder...
Confessori: De certa forma, pode ser encarado biograficamente, como conta a estória de Amagat, ele foi excluído da tribo da qual fazia parte, por pensar diferente da maioria. Finalmente ele volta e o tempo faz com que ele seja recebido e compreendido pelo seu povo. Quem já não passou por algo semelhante? Eu, com certeza já.
Whiplash!: Geralmente os discos do SHAMAN possuem uma musicalidade bastante rica, Heavy Metal, Música Clássica, World Music, etc... Existe certa pressão em manterem-se fiéis ao tipo de som que os fãs esperam do Shaman? Quais as metas que vocês tinham em mente quando começaram a gravar o "Origins"?
Thiago: Pressão não. Somos todos produtores e temos muita liberdade de visualização de idéias em estúdio. Mas para ser sincero, esse disco foi todo contribuído por internet. Passávamos as idéias e-mails adentro e cada um fazia suas mudanças, geralmente originada por Fernando e eu, Leo entrava com os instrumentais e Ricardo ‘shamanizava’ coisa toda. Finalmente eu agendava as gravações com a banda e finalizava a produção com os músicos Guga Machado (percussão) e Fabrízio Di Sarno (teclados). A partir daí, ouvimos tudo à ‘exaustão’, até que finalmente eu pudesse mixar e partir para a próxima canção. Foi realmente bem interessante o processo como foi concebido “Origins”.
Confessori: Não houve objetivo nesse sentido, de riqueza e variedade, mas sim o de se adicionar mais o lado progressivo. Acabou acontecendo por acaso, o CD acidentalmente ficou variado, e cada uma dessas variações muito bem trabalhada. Mas a gente quer e sempre irá mudar a cada CD, acompanhando as tendências musicais de cada um e do mundo.
Whiplash!: Nos dias em que a venda de CDs não está em seus melhores momentos, achei muito válida a decisão de "Origins" também trazer o DVD “Shaman & Orchestra”, e por um preço tão camarada... Bicho, como rolou esse lance de tocar com uma orquestra em um festival lá na República Tcheca?
Thiago: Bom, foi tudo sugerido por nossa agente canadense, Tiziana Hurd. Ela deu a idéia e a partir de então passamos a trabalhar para que isso pudesse tomar forma. Todas as partituras ficaram a cargo de nosso tecladista e maestro Fabrízio di Sarno. Ele escreveu todos os arranjos e, pra quem não assiste o DVD apenas em seu computador com aquele som de ‘nada’ que todo computador tem (risos), pode se entreter com o grande trabalho de arranjo idealizado por Fabrizio e por nós e ‘performado’ pela “Praga Bouslav Orchestra” e o maestro “Musa Goçman”.
Thiago: Foi realmente um sonho e temos o orgulho de sermos a primeira banda nacional a chegar a tal feito! Esperamos que muitas outras possam continuar essa estrada evoluindo e aprimorando a idéia! Os fãs verdadeiros não merecem nada menos que o máximo de nós e isso é o que temos feito.
Confessori: Sim, a idéia foi exatamente essa, ter um DVD que incentivasse as pessoas a comprarem, e não baixarem. Foi inevitável registrar esse momento, usamos a estrutura de filmagem e gravação do próprio festival Master Of Rock Festival e finalizamos tudo aqui no Brasil, com o Carlos Favalli fazendo o vídeo, e nos mesmos e o Estudio Fusão VMT fazendo o áudio. O resultado foi muito bom, ainda mais se for considerado que o DVD vai de bônus para aqueles que compram o novo álbum. Acho que ficou um produto incrível! E ainda tem o ‘making off’ de toda viagem para Praga e muito mais.
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Whiplash!: Sua apresentação foi muito boa, e as imagens mostram o público curtindo mesmo, assim como o baixista Fernando Quesada, que agita prá cacete... Como é o preparo e as maiores complicações quando uma banda de Heavy Metal se prontifica a tocar com uma orquestra?
Confessori: Bom, o preparo começa com partes e mais partes de música escrita e corrigida, muita transcrição, inclusive de solos, para que o maestro responsável (que foi o Musa Goçmen) possa escrever tudo sem errar na harmonia. Depois tem a parte de ensaio com os maestros (Fabrizio também levou muito crédito e escreveu a maioria das coisas) e a orquestra, com a linha vocal, ainda na sala onde a orquestra pratica. Por último, o ensaio no palco do festival, com toda banda, orquestra, monitoração de palco. No total, contando os microfones para P.A. e para gravação, foi um total superior a 100 microfones captando e reproduzindo o ‘Shaman & Orquestra’ no momento do show. E tudo foi montado após o show do NIGHTWISH, em 30 minutos…
Whiplash!: “Origins” foi liberado inicialmente no Japão, e posteriormente para outras nações e Brasil. Já deu para sacar a recepção deste trabalho?
Confessori: O Brasil saiu depois do Japão, e ainda nem sequer fizemos o lançamento em São Paulo, por isso ainda é cedo pra ter uma reposta do público. A gente já percebeu que a mídia brasileira gostou muito.
Whiplash!: Pois bem, foram poucos os meses separando os lançamentos de "Aqua" e "Origins". Como fica a situação das agendas de shows do ANGRA e Shaman, que, inclusive, já está definindo datas para a ‘Origins World Tour’?
Confessori: Tem sido difícil juntar a agenda de todos, alguns são profissionais da área de áudio, atuando em estúdios, universidades e escolas de áudio, mas não deixamos a qualidade cair, muito pelo contrário, lutamos para que todos ouçam nosso CD e digam que nos esforçamos e que soamos como uma banda ‘tempo integral’. Sempre haverá datas suficientes para ambos, são 30 dias no mês, e nem o ANGRA ou o Shaman está mais em fase de fazer longas tours, apenas pela ‘experiência’ de fazê-lo. Os shows são marcados com mais consciência, para que funcionem de acordo com o compromisso de todos.
Whiplash!: Confessori, atualmente, quais as diferenças e objetivos do SHAMAN e o Angra?
Confessori: O objetivo sempre será o de fazer boa música, isso posso te garantir… No Shaman, levando em consideração que a banda se reestruturou da base, ainda demos algumas cabeçadas com gravadoras no começo, com divulgação, coisas que sabíamos que iríamos enfrentar (pelo menos eu sabia). O bom é que agora, no "Origins", estamos mais estruturados e com assessoria competente. O ANGRA tem como objetivo ser o guia do metal do Brasil, pois com sua volta o mercado de shows reaqueceu, assim como a mídia para o segmento. E isso foi bom para todos nós.
Whiplash!: Thiago, e o que está acontecendo com o Karma? A última notícia que tive é que Edu Ardanuy (Dr Sin) havia ocupado o posto de Chico Dehira...
Thiago: Bom, minha produtora, o “Fusão VMT Studios” vai a mil por hora. Tenho feito muitos álbuns dos quais tenho me orgulhado muito! Agora tenho escrito roteiros pra clipes e também estréio minha direção agora em janeiro.
Thiago: O Karma, sinceramente, está ‘em obras’ (risos). Sim, estamos trabalhando com Edu Ardanuy na guitarra e a coisa toda está ficando muito loka, bem ao estilo Karma de ser, mas com aquela insanidade do Eduzinho! Realmente deve ser um próximo grande disco de minha vida. Outra coisa legal que vem aí é um projeto solo intitulado Arena. O disco se chamará “Brazilian Solaris” e trata-se de uma grande reunião de amigos e, por coincidência, expoentes do rock brasileiro (risos), uma verdadeira homenagem ao celeiro ‘paradisíaco’ que temos, musicalmente falando.
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Whiplash!: Curiosidade final, e certamente questionada por boa parte de seu público... Não é novidade que os outros músicos do Shaman não gostaram da idéia de vocês continuarem a banda sem a presença deles. Já se passaram alguns anos, e cada parte seguiu sua própria carreira. Não houve mais nenhum contato com o Andre e os irmãos Mariutti?
Confessori: Sim, é verdade. A vontade deles era terminar a carreira do Shaman definitivamente. Muitos me perguntaram por que não mudei o nome da banda, já que ela mudou radicalmente… Bom, se eu mudasse o nome seria para algum outro como "Pagé" ou "Curandeiro", pois queria uma banda que falasse disso. Os caras tiveram uma posição radical, esqueceram que o tempo passa e a gente poderia se encontrar lá na frente e querer fazer um som, num barzinho que fosse. Eu, graças a Deus, sempre deixei a porta aberta, a prova está aí, que voltei ao ANGRA, com meus colegas de mais de 10 anos. Eu sempre falo que a música fala mais alto que tudo, mas acho que eles levam sério demais esse lance do business, então ficou difícil de falar sem um advogado, o que não corresponde a realmente falar para mim, ‘a parte das questões jurídicas’. Até por essa atitude dos caras, sempre tive medo de usar a imagem deles em sites e MySpace do Shaman, do jeito que gostaria, pois nunca pude levar um papo em relação a isso.
Whiplash!: Ok, pessoal, o Whiplash! agradece pela entrevista e deseja boa sorte na divulgação de “Origins”. Fiquem à vontade para as considerações finais, ok?
Thiago: Obrigado a todos os que apóiam o metal nacional!