sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Aygan: Uma nova experiência sonora chegando

Misture Heavy Metal, Hard Rock, Progressivo e Groove para conhecer a banda Aygan.  
A mais nova promessa do Rock brasileiro conversou com o Rock Way no dia que foi finalizado o Debut “Plastic City”, que será lançado oficialmente dia 17/10 no FÚRIA FESTIVAL. Acompanhem: 

Como surgiu a banda e o que significa AYGAN?  
RODRIGO CURVO:  A banda está junta desde 2003 com essa formação, quando o Bruno entrou. Antes disso, sempre tocamos, desde moleques mesmo, mudando alguns integrantes, mas nunca paramos. Somos grandes amigos, temos um excelente entrosamento e tocamos puramente para fazer o som que gostamos.
Já o nome “Aygan” é inventado, mas vem de um provérbio grego: “Meden Agan” que significa “nada em excesso”.
MARCELO LANE: A banda começou em meados da década de 90 e se manteve até hoje pela grande amizade entre os integrantes e também com os ex-integrantes. Nossa ideia, como amigos, era montar uma banda para fazer um som bacana como das bandas que curtíamos, mas do nosso jeito… acabou dando nisso!! Mas a amizade sempre foi tão grande que o som acabava como o resultado dela… para ser do AYGAN ou andar com a banda tem que ser “brother”, curtir e entrar no clima, pois é o que pensamos, conversamos e vivemos em função para fazer sempre… e tem que gostar de cerveja, por que a gente não faz nada antes de abrir uma bem “gelada”!!! rsrsrs
O nome Aygan vem do “meden agan”, uma máxima de Sócrates na Grécia antiga. “Meden agan” significa “nada em excesso”. Tiramos o “nada” e ficamos com o “excesso”… o que transparece em nossas músicas pela emoção, energia, cuidado com os detalhes, peso das melodias, força das batidas e intensidade dos vocais…. 
Quais as principais influências de cada integrante? 
RODRIGO CURVO:  Minhas maiores influências são do metal mesmo: Dream Theater, Steve Vai, Van Halen, Rush. Mas o interessante na banda é que cada integrante tem uma influência distinta.
MARCELO LANE: Rock / Heavy dos anos 70, Queen, Bruce Dickinson, Led Zeppelin, The Faces, Jeff Beck, Eric Johnson, Faith No More, Whitesnake e Ozzy. Também algum blues, como Muddy Watters. Fora desse circuito, tem tipos de música, músicos e bandas diferentes de todo o mundo, o que inclui também ritmos brasileiros.
VITOR RODRIGUES: As minhas influências são bem variadas, por que gosto muito das bateras pesadas e dos trabalhos de bumbo do Metal, mas também gosto do suingue das sutilezas do fusion e do pop. Neil Peart e Mike Portnoy, creio eu, são as influências mais diretas. Mas também curto muito o Carter Beauford, do Dave Matthews Band, o Vinnie Colaiuta, Dave Weckl, Rod Morgenstein, Virgil Donati, Igor Cavalera e Dave Lombardo.
BRUNO VELLUTINI: Apesar de Iron Man, do Black Sabbath, ter sido a primeira música que toquei no baixo, minhas principais influências não vêm do metal, mas das levadas do Red Hot Chili Peppers, Dave Matthews Band, The Police, Lenine e Jamiroquai; das composições do Béla Fleck and the Flecktones e Karnak; da eletrônica do Xploding Plastix e Infected Mushroom; e dos baixistas Stanley Clarke, Richard Bona, Jaco Pastorius e Marcus Miller. 
A banda está prestes a lançar o trabalho de estréia “Plastic City”. Como foi o processo de gravação e produção?  
BRUNO VELLUTINI: Foi um longo processo de aprendizado. Em dezembro de 2007 lançamos 3 músicas cujos instrumentos, exceto pela bateria, foram gravados em casa. As músicas foram distribuídas gratuitamente pelo portal de música Jamendo. Apesar da satisfação de finalmente escutar nossas músicas, ainda não tínhamos chegado no timbre e peso que imaginávamos. Em fevereiro de 2009, liberamos nosso segundo EP, também com 3 músicas novas. A gravação estava consideravelmente melhor, mas ainda ficava atrás das nossas referências. Foi justamente esse processo de gravar, experimentar, ouvir e regravar que lapidou nossas músicas na sua forma atual e deu uma direção para a produção do “Plastic City”.
MARCELO LANE: Composto durante os longos anos da vida, com paciência, dedicação e persistência para alcançar um nível que consideramos ideal nas composições e arranjos…. Durante a gravação, começamos estúdio Mr. Som com o Alemão (Cristiano Schneider), que fez um trabalho incrível gravando a maior parte do material e ajudando a extrair o máximo de cada um em cada take! Terminamos as bases de guitarra no estúdio Da Tribo com o Alemão e o Ciero, que mandaram muito bem! Daí foram meses de mixagem em casa, entre nós mesmos, até chegarmos ao Fábio Ribeiro e Ale Souza para finalizar as mixagens e fazer a masterização. Nessa etapa, ainda fizemos algumas gravações de vocais com eles.
RODRIGO CURVO: Fizemos a produção e gravação da maioria do material no estúdio Mr. Som, com o Alemão (Cristiano Schneider). O estúdio é uma referência na gravação de metal, o que facilitou bastante para deixar o som matador. Finalizamos o disco com o grande músico Fábio Ribeiro e Ale Souza, no Brainless Brothers. Ficamos extremamente satisfeitos com o resultado, sem modéstia, em qualidade sonora, está entre os melhores do metal nacional. (risos)
VITOR RODRIGUES: O Alemão conseguiu extrair um baita som de batera. As ajudas na mixagem e na masterização por parte do Fábio e do Alê deixaram não só a mim, mas creio que a banda toda satisfeita. 
Falando em estréia, o AYGAN fará seu primeiro mega show em São Paulo dia 17/10/2010 no FÚRIA FESTIVAL, ao lado das bandas André Matos e Sepultura. Qual a expectativa para este show?  
RODRIGO CURVO:  Estamos muito felizes de ter a oportunidade de lançar o CD de estreia nesse show, com esses gigantes do metal! Faremos um grande show para o público que estará lá. Sem dúvida, vamos dar nosso melhor.
VITOR RODRIGUES: A expectativa??? É brutal, eu diria. Cara, o Sepultura é uma influência pra mim, e acompanho o trabalho do André Matos há uns 15 anos. Lógico que pinta uma grande expectativa. Mas no que depender do Aygan, o público verá um excelente show!
BRUNO VELLUTINI: Enorme! Será uma grande experiência, além de uma oportuna chance de mostrarmos as músicas do nosso primeiro disco.
MARCELO LANE: É uma honra e uma oportunidade única poder tocar para esse público e poder mostrar nosso som. Esperamos que gostem e peçam mais!!! Consideramos que nosso som é diferente das duas bandas, porém uma boa alternativa para quem quiser conhecer uma banda diferente, que está com muita vontade de arrebentar pra valer! Não pisaríamos nesse palco e não teríamos aceitado o convite para esta noite se não tivéssemos certeza que podemos fazer uma apresentação a altura do que o público espera! 
As músicas do AYGAN foram jogadas mais de 550.000 vezes no jogo JamLegend, superando grandes nomes do Heavy Metal mundial, como Stratovarius. Como está sendo assimilado este sucesso e existe algum projeto da banda para o exterior?  
RODRIGO CURVO: Hoje, é muito importante para as bandas se adaptarem à nova realidade, com a internet. Não dá mais para brigar com a pirataria, compartilhadores e etc, temos que usar isso como uma ferramenta de divulgação. Temos fãs no mundo inteiro por conta de sites como o JamLegend, mesmo antes de lançar o CD. Para os interessados em conferir: www.jamlegend.com/artist/Aygan. Os fãs do metal acabam comprando o CD original também.
VITOR RODRIGUES: Creio que é isso que o Rodrigo falou. Hoje em dia, a internet é um instrumento de divulgação incrível, e tem que ser utilizado. É engraçado ver este sucesso no JamLegend, porque se as músicas são muito jogadas, é por que são muito bem tocadas e apresentam um nível de dificuldade interessante pra quem joga. Além disso, o cara não se daria ao trabalho de jogar uma música que não soa bem, ou é “chata”. Depois de ver este resultado no JamLegend, tive mais uma comprovação de que o nosso som é realmente bom.
BRUNO VELLUTINI: Na verdade elas foram jogadas 513.791 vezes (até hoje)! Adicionamos as músicas dos nossos EPs no JamLegend, pois elas tem a energia e pegada essenciais para esse tipo de jogo (além dos solos de guitarra, claro). No entanto, foi uma surpresa e uma experiência bastante positiva, especialmente o retorno dos usuários do JL com comentários sobre as músicas. Alguns reclamam que as músicas são muito difíceis ou longas (ou os dois), mas isso acaba virando parte do desafio.
MARCELO LANE: Ficamos surpresos e felizes com o resultado, realmente não esperávamos essa repercussão toda, e foi isso o que nos encorajou a ir para um bom estúdio e gravar para valer! Sabemos que existe muito mais mercado fora do que dentro do Brasil, estamos nos movendo em direção a novas oportunidades no exterior. Acreditamos que o disco “Plastic City” é um bom trabalho e as pessoas podem gostar, então, estamos primeiro trabalhando na divulgação antes de qualquer outra coisa. Abrir esse espaço pela primeira vez, que significa tornar-se uma banda realmente conhecida é nosso desafio e nossa meta. 
Como vocês definem o som do AYGAN?  
MARCELO LANE: Defino como uma nova experiência sonora para uma banda de rock com um tanto de heavy e uma mistura de várias outras coisas que uma hora vai acabar tendo um nome!! Mas não me preocupo com o nome, apenas com o som.
RODRIGO CURVO: Costumamos nos chamar de Heavy Groove (risos). Basicamente juntamos o rock progressivo e groove à energia do hard rock e ao peso do heavy metal., deixando o som com um toque diferente.
BRUNO VELLUTINI: Também considero o Aygan, essencialmente, uma banda de rock, mas que explora diversos estilos como o metal, hard rock e groove. Acho que isso ficou bem representado no “Plastic City” onde cada música é uma faceta do que podemos chamar de “nosso som”. Definiria como Hard Groove.
VITOR RODRIGUES: Eu e o Bruno sempre temos a preocupação de soarmos o mais suingado que podemos, pois sempre achei isso um fator importante em música. Mas não resisto, e ponho sempre um pedalzinho duplo pra lembrar “de onde vim”. Comecei com Metallica e o Metal está no sangue. Acho que esta mistura é o que define o Aygan. 
Quais mensagens a banda quer passar em suas letras?  
MARCELO LANE: Não temos o objetivo de passar mensagens, mas falamos sobre temas que passam por nossas vidas e nossa imaginação. Percepção, transformação, medo, fúria, coragem, cotidiano… são algumas das situações abordadas nas entrelinhas dos versos. A maior parte das letras são histórias verdadeiras, vividas por nós e traduzidas em versos.
RODRIGO CURVO: Falamos sobre o cotidiano, a mente e as relações pessoais.
VITOR RODRIGUES: Acho que tem um lado mais contestador, que vem à tona, por exemplo, em “To Turn Around”. Outras letras refletem como nos sentíamos em alguma fase em que estávamos vivendo, como “Days”, em que o Marcelo estava numa fase complicada, trabalhando muito. Acho que as letras dizem algo sobre a gente, que pode, de alguma forma, atingir outras pessoas também. 
Como vocês analisam o mercado da música, especialmente do Rock no Brasil atualmente?  
RODRIGO CURVO: Acho que o mercado do rock está em ascensão, esse ano tivemos vários grandes shows, lançamentos de discos.
MARCELO LANE: O mercado de música no Brasil é engraçado. Aqui o cara paga caro para ver um show internacional, mas muitas vezes não quer pagar pelo CD de uma banda nacional do mesmo estilo com qualidade até superior. É uma incoerência de ambas as partes, permitir que isso aconteça, mas a coisa até agora funciona dessa forma mesmo. Qual outro estilo musical junta tanta gente nos festivais? Quantas das bandas internacionais que vêm para o Brasil e lotam estádios são de Rock pesado ou Heavy Metal? A maioria… por que não tem mais espaço para as bandas da casa? Boa pergunta… De qualquer forma, o nosso Rock pesado brasileiro tem sua raiz no underground e não arredou o pé, não virou modismo e não vai mudar, vai continuar cada vez mais forte pelas próximas gerações, assim como veio para a nossa.
BRUNO VELLUTINI: A internet abriu muitas possibilidades para o mercado musical, mas as grandes gravadoras, aparentemente, não estão se adaptando na mesma velocidade. Apesar dos 15 anos da existência do comércioonline, parece que ainda estamos num período de transição nos modelos de negócios. É muito revigorante ver diversas bandas, incluindo artistas brasileiros, experimentando e inovando. Usando a internet não apenas como ferramenta de divulgação, mas como um canal direto com os fãs e, mais interessante ainda, como catalisador de criatividade, envolvendo outros artistas, misturando mídias e dando uma dimensão colaborativa para a música. 
O que vocês andam escutando ultimamente?  
RODRIGO CURVO: Ando ouvindo coisas variadas, como Dave Matthews, Andy Timmons, Stone Sour, entre outros.
VITOR RODRIGUES: Olha, eu tenho ouvido desde Seal e Journey até Rush, DT, Cosmosquad e Jeff Beck.
MARCELO LANE: Nos últimos 12 meses 99% do que ouvi foi AYGAN, mas fora isso, um pouco das minhas principais influências (citadas anteriormente) para desbaratinar…
BRUNO VELLUTINI: Eu também, nesses meses de produção do CD, principalmente Aygan! Mas também Freak Kitchen, Dream Theather e Móveis Coloniais de Acaju. 
O Rock Way agradece imensamente a entrevista. Por favor, uma mensagem para nossos leitores e fãs do AYGAN…  
RODRIGO CURVO: Nós é que agradecemos! Galera, esperamos todos vocês no dia 17 de outubro para agitar o HSBC no Fúria Festival, para conhecer mais do nosso trabalho!
VITOR RODRIGUES: Esperamos que vocês se divirtam e curtam nosso trabalho, que está em diversos lugares, MySpace, Facebook, Last.fm. Esperamos que nos sigam no Twitter. Acho que são canais bacanas de contato com o público, e saber o que as pessoas pensam sobre nosso som é muito importante.
BRUNO VELLUTINI: Repito o convite para conhecer nossas músicas nos links abaixo e deixar seu comentário! E fique ligado nas atualizações sobre o “Plastic City” e o Fúria Festival.
MARCELO LANE: Queremos todos conferindo nosso CD “Plastic City”, baixem os MP3 para conhecer e assistam nosso show no Fúria Festival, gritem alto e forte! Ser parte de um grande espetáculo é uma honra e será uma grande oportunidade para nos conhecer. Agradeço a todos do Rock Way e todos os nossos fãs, que vêm aumentando a cada dia ,pelo apoio! 
LINKS OFICIAIS:  
Para jogar Jamlegend com as músicas da banda AYGAN, acesse: www.jamlegend.com/artist/Aygan 
AYGAN:  
Marcelo Lane:  Vocals/Guitar
Rodrigo Curvo: Guitar
Bruno Vellutini: Bass
Vitor Rodrigues: Drums
Contato:
Email: aygan@aygan.com.br 

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