sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Homúnculo - Grindcore/Death Metal Carioca



Fala galera do Underground Brasileiro! Hoje teremos uma matéria com a banda Homúnculo, banda de Grind Core/Death Metal carioca formada em novembro de 2012. Vamos falar um pouco com essa galera.

E aí galera do Homúnculo, é uma satisfação tê-los aqui conosco.

OPDM - A Homúnculo surgiu em 2012. De lá para cá, houveram alguns registros gravados e algumas mudanças de formação. Os objetivos como banda mudaram com esse tempo ou não? Quais são os ideais do Homúnculo hoje?

Leo Miguel - Começamos a banda com o objetivo de nossas músicas e pensamentos serem ouvidos, não para sermos estrelas do underground ou uma religião. Pelo contrário, nossa mensagem fala sobre a liberdade, libertação mental e autonomia intelectual. Desde 2012 mantemos essa pegada. A mudança de baterista sempre traz uma cara nova, o Douglas Dias saiu da banda e paramos durante um tempo, então o Alex Zech ressuscitou o projeto. A entrada do baixista Eduardo Crestan também consolidou a banda. Algumas coisas mudaram mais o intuito de manteve.

OPDM - Sabemos das dificuldades gerais da cena não só do RJ, mas do Brasil como um todo. Para vocês tem sido fácil lidar com as dificuldades de se ter uma banda de trabalho autoral e independente? Qual a maior dificuldade que a banda enfrenta para se manter?

Leo Miguel - É difícil se manter uma banda no underground, ainda mais financeiramente. Não queremos ficar ricos com a banda, mas também temos um gasto para mantê-la. E esse gasto nem sempre é reposto de forma monetária. Mais eu penso que a energia vinda do palco e das pessoas que curtem nosso trampo já paga qualquer esforço. E também as coisas ficam mais fáceis porque fazemos tudo na garra. Na banda temos ótimos profissionais das gravações (Alex) das artes gráficas (Luiz), das fotos/vídeos (eu vendendo meu peixe), e da arte de dirigir bem (Eduardo). Somos total D.I.Y (Do It Yourself) e isso facilita a banda a respirar.



OPDM - Como é o processo de composição da banda? Conte-nos sobre um pouco sobre a parte criativa do Homúnculo.

Eduardo Crestan - Assim como toda banda, sendo qual gênero for, as composições falam bastante sobre quem as faz. No Homúnculo, o ponta pé inicial acontece com a criação estrutural da música, surgindo os riffs junto com idéias de batera e montando-as como uma espécie de quebra-cabeças (acontece bastante entre o Luiz e Alex). Logo após essa estrutura é apresentada a todos e assim damos seguimentos com a desenvoltura da música nos ensaios, acrescentando algumas idéias e assim por diante. O português polido das letras é do Leo Miguel (o chefe das letras), que faz muitas citações de liberdade e contestação a nossa sociedade atual. A química boa do Homúnculo é talvez nossa inspiração maior e todos nós gostamos muito de diversificados gêneros do Rock e Metal, e porque não dizer diversificados tipos de música. Coincidimos bem os pensamentos com relação as composições, e claro, com uma dose de paixão pelo o que fazemos. No final disso, todos nós aqui temos uma fatia desse resultado, assim digo que nós quatro damos a cara da banda.



OPDM - Vocês estão lançando o EP Autômatos. Falem um pouco sobre esse material, como foi o processo de gravação até a finalização do trabalho?

Alex Zech - As músicas desse EP vem sendo trabalhadas desde a volta da banda, no início do ano passado. Grande parte desse material é antigo, composto desde a época do Douglas Dias, nosso antigo batera. Demos uma nova roupagem nos sons, mantendo os elementos de Death Metal e agregamos elementos de Grindcore. Isso deixou as músicas muito mais brutais. Iniciamos as gravações em fevereiro desse ano e terminamos em junho. Exceto a batera, que foi gravado no estúdio do Rodrigo Djames, o MDCR Estúdio, todo o EP foi gravado no meu home studio, o Mach86, onde também mixei e masterizei. A arte foi desenvolvida pelo nosso guitarrista Luiz Marques, que também fechou parceria comigo para criarmos o The Grind Records, selo e distro que formamos pra lançar não só esse material, mas pra lançar outras bandas barulhentas que gostamos.



OPDM - O que vocês tem a dizer para essa galera que está começando no Metal?


Luiz Marques - Pra galera que está começando no Metal, dizemos que o mais importante é não seguir nenhum código de conduta, nenhum preceito ou padrão estabelecido pela maioria. É sempre construtivo, questionar o que tentam te empurrar e é gratificante pensar com a própria cabeça. Hoje em dia o Metal é cheio de restrições contraditórias e preconceitos que muitas vezes não fazem sentido nenhum, então criem seus próprios princípios. Se afastem do radicalismo e da intolerância ingênua. Vivam segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudiquem outras pessoas. E principalmente, quebrem tudo, quebrem as regras e se divirtam fazendo isso.


Fotos por Edna Andrade

Homúnculo é:

Leo Miguel: Voz
Luiz Fernando Marques: Guitarra
Eduardo Crestan: Baixo
Alex Zech: Bateria

Links da banda:


Assista: 
Afirmação da Existência - Live in Studio




Bom galera, mais uma entrevista feita com sucesso, mais uma excelente banda do underground está ai para conhecermos e prestigiarmos.
Obrigado a todos e até a próxima \,,/

Essa matéria foi realizada por Vivi Alves.
Vivi Alves é uma musicista e professora de canto de Duque de Caxias na Baixada Fluminense.

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