Fala galera do Underground Brasileiro! Hoje teremos uma matéria com a banda Homúnculo, banda de Grind Core/Death Metal carioca formada em novembro de
2012. Vamos
falar um pouco com essa galera.
E aí galera do Homúnculo, é uma satisfação tê-los aqui conosco.
OPDM - A Homúnculo surgiu em 2012. De lá para cá, houveram alguns
registros gravados e algumas mudanças de formação. Os objetivos
como banda mudaram com esse tempo ou não? Quais são os ideais do
Homúnculo hoje?
Leo
Miguel
- Começamos a banda com o objetivo de nossas músicas e pensamentos
serem ouvidos, não para sermos estrelas do underground ou uma
religião. Pelo contrário, nossa mensagem fala sobre a liberdade,
libertação mental e autonomia intelectual. Desde 2012 mantemos essa
pegada. A mudança de baterista sempre traz uma cara nova, o Douglas
Dias saiu da banda e paramos durante um tempo, então o Alex Zech
ressuscitou o projeto. A entrada do baixista Eduardo Crestan também
consolidou a banda. Algumas coisas mudaram mais o intuito de manteve.
OPDM -
Sabemos das dificuldades gerais da cena não só do RJ, mas do Brasil
como um todo. Para vocês tem sido fácil lidar com as dificuldades
de se ter uma banda de trabalho autoral e independente? Qual a maior
dificuldade que a banda enfrenta para se manter?
Leo
Miguel - É difícil se manter uma banda no underground,
ainda mais financeiramente. Não queremos ficar ricos com a banda,
mas também temos um gasto para mantê-la. E esse gasto nem sempre é
reposto de forma monetária. Mais eu penso que a energia vinda do
palco e das pessoas que curtem nosso trampo já paga qualquer
esforço. E também as coisas ficam mais fáceis porque fazemos tudo
na garra. Na banda temos ótimos profissionais das gravações (Alex)
das artes gráficas (Luiz), das fotos/vídeos (eu vendendo meu
peixe), e da arte de dirigir bem (Eduardo). Somos total D.I.Y (Do It
Yourself) e isso facilita a banda a respirar.
OPDM -
Como é o processo de composição da banda? Conte-nos sobre um pouco
sobre a parte criativa do Homúnculo.
Eduardo
Crestan - Assim como toda banda, sendo qual gênero for, as
composições falam bastante sobre quem as faz. No Homúnculo, o
ponta pé inicial acontece com a criação estrutural da música,
surgindo os riffs junto com idéias de batera e montando-as como uma
espécie de quebra-cabeças (acontece bastante entre o Luiz e Alex).
Logo após essa estrutura é apresentada a todos e assim damos
seguimentos com a desenvoltura da música nos ensaios, acrescentando
algumas idéias e assim por diante. O português polido das letras é
do Leo Miguel (o chefe das letras), que faz muitas citações de
liberdade e contestação a nossa sociedade atual. A química boa do
Homúnculo é talvez nossa inspiração maior e todos nós gostamos
muito de diversificados gêneros do Rock e Metal, e porque não dizer
diversificados tipos de música. Coincidimos bem os pensamentos com
relação as composições, e claro, com uma dose de paixão pelo o
que fazemos. No final disso, todos nós aqui temos uma fatia desse
resultado, assim digo que nós quatro damos a cara da banda.
OPDM -
Vocês estão lançando o EP Autômatos. Falem um pouco sobre esse
material, como foi o processo de gravação até a finalização do
trabalho?
Alex
Zech - As
músicas desse EP vem sendo trabalhadas desde a volta da banda, no
início do ano passado. Grande parte desse material é antigo,
composto desde a época do Douglas Dias, nosso antigo batera. Demos
uma nova roupagem nos sons, mantendo os elementos de Death Metal e
agregamos elementos de Grindcore. Isso deixou as músicas muito mais
brutais. Iniciamos as gravações em fevereiro desse ano e terminamos
em junho. Exceto a batera, que foi gravado no estúdio do Rodrigo
Djames, o MDCR Estúdio, todo o EP foi gravado no meu home studio, o
Mach86, onde também mixei e masterizei. A arte foi desenvolvida pelo
nosso guitarrista Luiz Marques, que também fechou parceria comigo
para criarmos o The Grind Records, selo e distro que formamos pra
lançar não só esse material, mas pra lançar outras bandas
barulhentas que gostamos.
OPDM -
O que vocês tem a dizer para essa galera que está começando no
Metal?
Luiz
Marques - Pra
galera que está começando no Metal, dizemos que o mais importante é
não seguir nenhum código de conduta, nenhum preceito ou padrão
estabelecido pela maioria. É sempre construtivo, questionar o que
tentam te empurrar e é gratificante pensar com a própria cabeça.
Hoje em dia o Metal é cheio de restrições contraditórias e
preconceitos que muitas vezes não fazem sentido nenhum, então criem
seus próprios princípios. Se afastem do radicalismo e da
intolerância ingênua. Vivam segundo o seu livre arbítrio, de
acordo com a própria vontade, desde que não prejudiquem outras
pessoas. E principalmente, quebrem tudo, quebrem as regras e se
divirtam fazendo isso.
Fotos por Edna Andrade
Homúnculo é:
Leo Miguel: Voz
Luiz Fernando Marques: Guitarra
Eduardo Crestan: Baixo
Alex Zech: Bateria
Luiz Fernando Marques: Guitarra
Eduardo Crestan: Baixo
Alex Zech: Bateria
Links da banda:
Assista:
Afirmação da Existência - Live in Studio
Bom galera, mais uma entrevista feita com sucesso, mais uma excelente banda do underground está ai para conhecermos e prestigiarmos.
Obrigado a todos e até a próxima \,,/
Essa matéria foi realizada por Vivi Alves.
Vivi Alves é uma musicista e professora de canto de Duque de Caxias na Baixada Fluminense.
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