Injustiça. Esse é o sentimento que fica após presenciar tamanho profissionalismo em mais uma apresentação da banda de Andre Matos na capital fluminense.
Ao longo da tarde, uma pequena quantidade de fãs fiéis deu origem a duas grandes filas – sendo uma para quem não possuía ingresso - que só cresceria no decorrer do dia. As dependências do local (o simpático Teatro Odisséia, até então desconhecido pela maioria, mas que aos poucos vem abrindo suas portas para a música pesada) ficariam claramente lotadas.
Diga-se de passem, apesar da péssima acústica, o lugar se mostrou uma escolha acertada para a banda – principalmente se comparado a Niterói e Campo Grande, locais de não tão fácil acesso, em detrimento da Lapa, que fica na Zona Central da cidade. Um oásis no meio da bagunça musical que a Lapa promove, no geral.
Com certo atraso, os portões se abriram. A banda de abertura, a local Empürios, baseou seu set em composições próprias que integrarão o seu debut “Cyclings”, a ser lançado no próximo ano. Apesar de desconhecida pela maioria das pessoas ali presentes, deixou uma impressão muito positiva, com um som bem intrincado e cercado de competência individual (além de simpatia por parte dos integrantes).
E eis que, após um rápido trabalho por parte dos roadies (também ovacionados , em especial por meio de apelidos), o show teve seu característico início com “Leading On” – faixa de abertura do álbum mais recente, Mentalize (2009). O público, evidentemente, foi à loucura com a seqüência que ainda incluía a marcante “I Will Return”, futuro clipe da banda.
“Essa é para vocês”, indicou Andre – como de costume - antes da aclamada “Rio”, cantada em uníssono. Desnecessário citar que as faixas de Time to Be Free já se tornaram clássicas absolutas e estão na ponta da língua de todos. Mais ou menos o que aconteceu na seguinte, “Mentalize”, pesada e ideal para ser executada ao vivo.
“Fairy Tale”, habitualmente aplaudida por ter sido um enorme sucesso, foi um espetáculo à parte. Durante a tradicional pausa no início da canção, a platéia começou a cantar “Parabéns a Você” para Andre Matos, que estaria fazendo aniversário dois dias depois. Certamente um momento muito emocionante, que rendeu um sincero agradecimento por parte do vocalista, que citou a apresentação do dia anterior (em Brasília, no festival Porão do Rock) e chamou o público de “exemplo”. “Só aqui no Rio mesmo, hein” – disse ele, com uma visível alegria em seu rosto . A reação dos cariocas foi imediata.
A energética “How Long” marcou presença, assim como o “Viper Medley” (Living for the Night/A Cry From the Edge), que sempre é muito aguardado pelos fãs (prinpalmente pelos mais saudosistas). Uma necessária pausa foi dada para um solo de guitarra, capitaneado pelo excelente Andre “Zaza” Hernandes, que logo depois teve a companhia de Hugo Mariutti, praticamente o segundo frontman da banda.
Rapidamente, “Separate Ways”, cover do famoso hit do Journey, surgiu como uma avalanche. O mesmo pode ser dito sobre a clássica do Angra, “Lisbon”, sempre bem recebida e presença obrigatória nos shows desde que foi lançada.
Mais um solo, desta vez de bateria, foi executado pelo já veterano Eloy Casagrande. Momentos como esse sempre geram muitas discussões, porém a inegável competência do jovem impressionou até mesmo quem não se interessa pelo instrumento.
Uma surpresa em relação à ultima vez em que vieram – muito bem-vinda, diga-se de passagem – foi a inclusão de altamente ovacionada “Holy Land” no lugar de “Powerstream”. Apesar da última ser muito boa, a sede por clássicos era evidente, visto que o setlist atual dos paulistanos privilegia os trabalhos mais recentes do grupo. Antes dela, inclusive, executaram com maestria “Letting Go”, a já considerada “nova Carry On”.
A “original” viria logo a seguir, causando o habitual furor na audiência, já que foi um tema que marcou a vida de muita gente. Destaque para a performance do sempre impressionante Fábio Ribeiro (teclados).
Uma jam entre os músicos (com direito a “Another One Bites the Dust” do Queen!), além da apresentação dos membros da banda (inclusive o novo baixista, Bruno Ladislau, carinhosamente apelidado de “Judas”) e da equipe técnica precederam o corriqueiro encerramento com “Endeavour”. A música, que apesar de recente também já pode ser considerada um clássico, sempre emociona e provoca um efeito muito interessante com cada componente saindo aos poucos até restar apenas o vocalista - certamente o melhor fim de show da carreira deles.
Ao se assistir um show deles, a sensação de “injustiça” abordada no início da resenha fica muito evidente. É difícil entender o que diabos acontece com o Metal nacional, pois músicos de um calibre tão alto e extremamente solícitos aos fãs (chegaram a dar autógrafos após o show e ainda tirar fotos) deveriam estar tocando em casas de show maiores e muito mais estruturadas. É uma pena, resta torcer para que a situação melhore e que a comunidade como um todo (fãs, promotores e músicos “picaretas”) tomem vergonha na cara.
Parabéns a todos que tornaram essa noite possível. Mais uma vez, a banda Andre Matos fez um show de altíssima qualidade (tal qual ocorreu em 2008 e 2009) e não decepcionou os cariocas, fluminenses e pessoas de outros estados que vieram apenas para ver o show. Que a próxima vez chegue logo!
Ao longo da tarde, uma pequena quantidade de fãs fiéis deu origem a duas grandes filas – sendo uma para quem não possuía ingresso - que só cresceria no decorrer do dia. As dependências do local (o simpático Teatro Odisséia, até então desconhecido pela maioria, mas que aos poucos vem abrindo suas portas para a música pesada) ficariam claramente lotadas.
Diga-se de passem, apesar da péssima acústica, o lugar se mostrou uma escolha acertada para a banda – principalmente se comparado a Niterói e Campo Grande, locais de não tão fácil acesso, em detrimento da Lapa, que fica na Zona Central da cidade. Um oásis no meio da bagunça musical que a Lapa promove, no geral.
Com certo atraso, os portões se abriram. A banda de abertura, a local Empürios, baseou seu set em composições próprias que integrarão o seu debut “Cyclings”, a ser lançado no próximo ano. Apesar de desconhecida pela maioria das pessoas ali presentes, deixou uma impressão muito positiva, com um som bem intrincado e cercado de competência individual (além de simpatia por parte dos integrantes).
E eis que, após um rápido trabalho por parte dos roadies (também ovacionados , em especial por meio de apelidos), o show teve seu característico início com “Leading On” – faixa de abertura do álbum mais recente, Mentalize (2009). O público, evidentemente, foi à loucura com a seqüência que ainda incluía a marcante “I Will Return”, futuro clipe da banda.
“Essa é para vocês”, indicou Andre – como de costume - antes da aclamada “Rio”, cantada em uníssono. Desnecessário citar que as faixas de Time to Be Free já se tornaram clássicas absolutas e estão na ponta da língua de todos. Mais ou menos o que aconteceu na seguinte, “Mentalize”, pesada e ideal para ser executada ao vivo.
“Fairy Tale”, habitualmente aplaudida por ter sido um enorme sucesso, foi um espetáculo à parte. Durante a tradicional pausa no início da canção, a platéia começou a cantar “Parabéns a Você” para Andre Matos, que estaria fazendo aniversário dois dias depois. Certamente um momento muito emocionante, que rendeu um sincero agradecimento por parte do vocalista, que citou a apresentação do dia anterior (em Brasília, no festival Porão do Rock) e chamou o público de “exemplo”. “Só aqui no Rio mesmo, hein” – disse ele, com uma visível alegria em seu rosto . A reação dos cariocas foi imediata.
A energética “How Long” marcou presença, assim como o “Viper Medley” (Living for the Night/A Cry From the Edge), que sempre é muito aguardado pelos fãs (prinpalmente pelos mais saudosistas). Uma necessária pausa foi dada para um solo de guitarra, capitaneado pelo excelente Andre “Zaza” Hernandes, que logo depois teve a companhia de Hugo Mariutti, praticamente o segundo frontman da banda.
Rapidamente, “Separate Ways”, cover do famoso hit do Journey, surgiu como uma avalanche. O mesmo pode ser dito sobre a clássica do Angra, “Lisbon”, sempre bem recebida e presença obrigatória nos shows desde que foi lançada.
Mais um solo, desta vez de bateria, foi executado pelo já veterano Eloy Casagrande. Momentos como esse sempre geram muitas discussões, porém a inegável competência do jovem impressionou até mesmo quem não se interessa pelo instrumento.
Uma surpresa em relação à ultima vez em que vieram – muito bem-vinda, diga-se de passagem – foi a inclusão de altamente ovacionada “Holy Land” no lugar de “Powerstream”. Apesar da última ser muito boa, a sede por clássicos era evidente, visto que o setlist atual dos paulistanos privilegia os trabalhos mais recentes do grupo. Antes dela, inclusive, executaram com maestria “Letting Go”, a já considerada “nova Carry On”.
A “original” viria logo a seguir, causando o habitual furor na audiência, já que foi um tema que marcou a vida de muita gente. Destaque para a performance do sempre impressionante Fábio Ribeiro (teclados).
Uma jam entre os músicos (com direito a “Another One Bites the Dust” do Queen!), além da apresentação dos membros da banda (inclusive o novo baixista, Bruno Ladislau, carinhosamente apelidado de “Judas”) e da equipe técnica precederam o corriqueiro encerramento com “Endeavour”. A música, que apesar de recente também já pode ser considerada um clássico, sempre emociona e provoca um efeito muito interessante com cada componente saindo aos poucos até restar apenas o vocalista - certamente o melhor fim de show da carreira deles.
Ao se assistir um show deles, a sensação de “injustiça” abordada no início da resenha fica muito evidente. É difícil entender o que diabos acontece com o Metal nacional, pois músicos de um calibre tão alto e extremamente solícitos aos fãs (chegaram a dar autógrafos após o show e ainda tirar fotos) deveriam estar tocando em casas de show maiores e muito mais estruturadas. É uma pena, resta torcer para que a situação melhore e que a comunidade como um todo (fãs, promotores e músicos “picaretas”) tomem vergonha na cara.
Parabéns a todos que tornaram essa noite possível. Mais uma vez, a banda Andre Matos fez um show de altíssima qualidade (tal qual ocorreu em 2008 e 2009) e não decepcionou os cariocas, fluminenses e pessoas de outros estados que vieram apenas para ver o show. Que a próxima vez chegue logo!
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