sexta-feira, 29 de julho de 2016

AJNA - Thrashcore


Banda AJNA, formada em 1990 voltou à cena paulista em 2015 com uma nova proposta e uma nova roupagem musical, moderna, atualizada, influenciada pelo Hardcore, o Metal e o Thrash Industrial, pesado e visceral. Com novos integrantes, a banda apresenta novas músicas, novo visual e nova proposta sonora, com letras em inglês, espanhol e português, sem perder suas características de um vocal feminino gutural, guitarras expressivas e cozinha pesada e nervosa. Trazendo ainda colagens industriais, samplers e a garra que sempre caracterizou o AJNA, banda muito ativa nos anos 90.
Fazendo um rock pesado e hibrido, o AJNA estreou no extinto DAMA XOC (1990), e tocou em lugares badalados e casas de rock do Brasil. Lugares como Brittânia (SP), Aeroanta(SP), Cadeira Elétrica(SP), Dynamo(SP), Centro Cultural São Paulo(SP), Garagem Rock (RJ) e outras ao longo dos 12 anos dessa primeira fase do AJNA, tocando com bandas de peso do cenário musical como; Dr SIN, ANGRA, KRIZIUN, KORZUS, INOCENTES, 365, RATOS DE PORÃO, RATA BLANCA (Argentina) e outras. 





O AJNA fez alguns trabalhos em estúdios, participou de diversas coletâneas e gravou um CD pela “Destroyer Records”, com produção musical de Marcelo Pompeu (KORZUS), no estúdio Mr. Som em São Paulo no ano 2000.


ELIZABETH QUEIROZ – “TIBET”- VOCAL


Veterana no rock brasileiro, Tibet atua intensamente na cena desde o final dos anos 70, onde cantou com bandas conhecidas como MADE IN BRAZIL e TUTTI FRUTTI com quem gravou seu primeiro disco solo pela RCA Victor em 1980. Montou o AJNA em 1990, estreando no Dama Xoc, em São Paulo. Com uma extensa bagagem cultural e musical, Tibet foi editora chefe, juntamente com André Cagni, de uma das mais importantes revista de rock dos anos 90, “REVISTA DYNAMITE”, durante 8 anos e participou de produções e eventos em lugares conceituados como Dama Xoc, Aeroanta, Black Jack, Dynamo e Brittânia, produzindo eventos badalados como Rock Contra AIDS I, II e III e todas as Festas da Revista Dynamite entre outras, além do programa de rádio “DEMOTERAPIA” na 97FM, na década de 90.

IVO ROCHA – BATERIA / SAMPLERS
Em 1986 teve sua primeira banda, PUTRIFACTION OF SOULS. Tocou com as bandas DEATH FORCE (thrash metal), GRINDERFIST (grind/death) até 1998. Em 2002, fundou o PREACHER (heavy metal). Durante 2008 e 2009 integrou a banda de Jair Bloch (pop rock) onde participou da gravação do CD “1º Round”. A partir de 2011 juntou-se ao BREAKDOWN (Brasil/Irlanda) - Death/Thrash. Sempre na ativa, hoje, é baterista das bandas BREAKDOWN e CHAOS RISE.



DAVID FULCI – GUITARRA 
Formado pelo conservatório municipal de Guarulhos, é ex-membro da banda de Death Metal Anarkhon, com quem gravou o álbum “Welcome to the gore show” e teve sua saída anunciada em 2013. É também guitarrista da banda DAMAGEWAR.

NANDO SIMÕES - BAIXO
A vida musical teve seu início nos anos 90, passando por bandas covers e pela banda Autarquia (Heavy Metal tradicional).
Em 2000, montou a banda METALHEART (Accept Cover), banda com grande ênfase na cena paulistana até hoje. De 2012 à junho de 2016 integrou o “Harppia”, onde participou das novas composições e efetuou diversos shows pelo Brasil



Para acompanhar o trabalho da AJNA, clique nos links abaixo:

Facebook Oficial: facebook.com/AJNAROCKOFFICIAL

SoundCloud: ajnarockofficial.blogspot.com.br

Assista ao vídeo de Fatal Bright:


Essa matéria foi realizada por Vivi Alves.
Vivi Alves é uma musicista e professora de canto de Duque de Caxias na Baixada Fluminense.

sábado, 23 de julho de 2016

Desrroche - Industrial direto da Bahia


Desrroche é uma banda de Rock Industrial/Gótico da Bahia, formada em 2002.
Vamos falar um pouco com a galera da banda.



OPDM - Olá Desrroche, é uma satisfação tê-los aqui conosco. Conte-nos um pouco sobre seu início em 2002. Alguma coisa mudou de lá pra cá?

Lexpedra (voz): A satisfação é toda nossa e estaremos sempre disponível .

A Desrroche é fruto de toda essa decadência musical dos últimos anos, ela foi gerada de uma necessidade de se fazer da música com mais arte e de forma diferente do que estava acontecendo, por aqui não existia uma banda que realmente levasse a arte da interpretação com uma boa expressão visual, sentir a energia emanando do palco e fazer com que o publico ouvisse na musica o que esta visualizando no palco, sempre sentir um desconforto em ir aos festivais ouvir uma boa musicas, e quando levantava a cabeça para ver a banda que estava executando perdia-se toda referencia da musica, (não todas as bandas, mas praticamente 90% delas) não havia interpretação, faltava arte visual para deixar a música mais fascinante e levar o publico despertar as suas próprias fantasias. Nos shows da Desrroche a maioria do publico não “batem cabeça” preferem assistir, pois podem perder algum detalhe na performance da banda, de fato que existem os seres mais “exaltados” deixando a energia da banda comandar os seus corpos.
Durante essa jornada desde 2002 muitas coisas mudaram, fincamos a bandeira da Desrroche na cena do Rock da Bahia, ainda somos uma banda única, poucos tem a coragem de fazer da forma que fazemos, de se expor da forma que fazemos, marcamos pontos estratégicos, ganhamos vários prêmios em festivais, participamos de festivais conceituados como o Prêmio Caimmy em 2015, muitas mudanças no corpo da banda, em um ano chegou a passar mais de 03 guitarristas pela banda, hoje temos uma formação com mais uma guitarra com a configuração de: Ninovisk (baixo), Dria Sant (Guitarra), Eric Eclipsha (guitarra), Lucius Dark (sintetizadores) e Moka (bateria), para ser um Desrroche é necessário ter a arte no sangue além da musica, temos que nos doar totalmente para o publico e para o nosso trabalho, deixar a nossa paixão e emoção expelir pelos poros, não ter vergonhas de demostrar os seus sentimentos e acima de tudo respeito entre si e mais ainda respeito e paixão pelo publico.
Hoje, estamos em um momento muito forte que evidencia mais ainda a banda para o eixo do “Rock Industrial”, mais elementos sintéticos nas musicas e um visual temático mais forte do que antes.

OPDM - Como é fazer Rock Industrial/Gótico no Brasil hoje diante das dificuldades que a cena metálica vem enfrentando?

Lexpedra (voz): De fato as dificuldades sempre existiram e vão existir independente da época, nada é fácil, na verdade nunca foi, tudo que é feito acaba sendo sobre “sacrifícios” principalmente se tratando de uma vertente que não é tão popular no Brasil e principalmente na Bahia, acredito que isso acontece com todas as vertentes do “subterrâneo”, mas quando se tem um sonho e quando encontramos pessoas que sonham juntos as dificuldades são superadas passo a passo e os resultados sempre vêm.

OPDM Você tem alguns registros gravados e estão na reta final para o lançamento do EP Conecte 1969. Como é para a Desrroche a experiência do estúdio?

Lexpedra (voz): A Desrroche em estúdio é um grande laboratório as possibilidades são incalculáveis, sempre vamos tentar sair do convencional a busca da Desrroche é sempre romper esses tipos de barreiras que limitam e até mesmo estrangulam a possibilidade de evolução, não hesitamos em tentar fazer mais e melhor do que já foi feito, claro que sempre temos um engenheiro de som para nos guiar, pois em muitas vezes nos excedemos nas vontades e nas viagens, estamos trabalhando há meses no EP Conecte 1969, passamos pela pré-produção que começamos em Janeiro de 2016 e finalizando as gravações em Julho a ansiedade é muito grande para ouvir e sentir as faixas finalizadas, agora Uwe Hebert Rohr (nosso engenheiro de som) esta finalizando as mixagens e provavelmente faremos as masterizações com ele, pois ele é uma boa referencia da escola Alemã.

OPDM Como é a cena da Bahia da atualidade? Vocês tem uma resposta satisfatória do público da sua região?

Lexpedra (voz): Como falei anteriormente o tipo de arte que fazemos ainda é uma “novidade” por aqui por mais que estejamos fazendo 14 anos, estamos sempre adicionando novos amigos novos fãs a cada apresentação que fazemos, pessoas que se identificam com a nossa forma de mostrar a nossa arte. Aqui em Salvador temos uma cena rocker bastante movimentada, sempre tem bandas tocando em algum pub na cidade, temos o Festival Palco do Rock (onde já participamos por mais de 08 anos) que acontece anualmente durante os 04 dias de carnaval trazendo uma média de 3mil pessoas por dia com bandas locais e bandas de vários estados, sempre tivemos ótimas respostas do publico, temos algumas rejeições dos conservadores do metal por trazermos uma proposta mais ousada e evoluída, mas sabemos que é muito difícil agradar a todos e isso para nós não é problema, todos tem os seus direitos. Nos últimos shows que fizemos em Salvador a media de publico foi de 1000 a 1500 pessoas no centro histórico, isso pra uma banda como a nossa é bem satisfatório.

OPDM A Desrroche está mostrando seu grande potencial em seus 14 anos de existência, isso é exemplo para muitos que buscam seu espaço e o reconhecimento do seu trabalho. O que vocês tem a dizer para essa galera que está começando no Metal?

Lexpedra (voz): Antes de tudo só faça se você realmente ama, não desista, seja objetivo, foque nos seus sonhos, não deixe que as palavras negativas te desanime, pelo contrario, pegue essas palavras e faça dela combustível para avançar e melhorar os seus projetos, mude a sua opinião quando for necessário, faça tudo da melhor forma possível, tenha paciência não busque resultados em curto prazo, se for fazer uma foto da sua banda procure um profissional, se for gravar procure um profissional para te ajudar, se for usar as redes sociais pra divulgar o seu trabalho estude a melhor forma, não confunda investimento com custo, crie regras e cumpra, seja forte nas suas exigências e nos seus ideais se você acredita que pode ninguém vai tirar isso de você e se você não fizer ninguém vai fazer por você. Busque parceiros, faça vínculos com outras bandas amigas juntem-se e façam os seus eventos respeitem SEMPRE o publico faça ou pelo menos tente fazer show para 30 pessoas da mesma forma que faz para 3000 pessoas e a cada passo não hesite em conhece novas pessoas até mesmo fora das suas ramificações, afinal precisamos ser conhecidos por pessoas que nunca nos ouviram.

Integrantes:
Voz: Lexpedra
Baixo: Ninovisk
Bateira: Moka
Sintetizador: Lucius Dark
Guitarras: Adriano Mars e Eric Abbehusen





Discografia:
Nesse momento finalizando as gravações do próximo EP intitulado Conecte 1969
Ano 2014 – Single: Nova Canção
Ano 2010 – EP: Se eu morresse amanhã
Ano 2009 – Single: Caixa do Segredo
Ano 2006 – EP: Desrroche Ano 2003 – CD Demo 

Para quem quiser conhecer um pouco mais da Desrroche, acesse os links abaixo:



FACEBOOK:                            
https://www.facebook.com/BandaDesrroche      
CANAL DO YOUTUBE: 
https://www.youtube.com/user/desrroche                        
SITE OFICIAL:            
https://bandadesrroche.wix.com/desrroche
SOUNDCLOUD:         
https://soundcloud.com/desrroche
Bom pessoal, ficamos por aqui com mais uma entrevista. Até a próxima \,,/
Essa matéria foi realizada por Vivi Alves.
Vivi Alves é uma musicista e professora de canto de Duque de Caxias na Baixada Fluminense.


quarta-feira, 20 de julho de 2016

Entrevista com a banda de Metal Extremo Brutal Desire

A entrevista de hoje é com a banda carioca de Metal Extremo Brutal Desire. Formada pelos músicos Oman Oado (bateria), Hanoy Duarte (baixo e voz), Matheus Silva (guitarra e voz), Álvaro Faria (guitarra e voz).
Sua proposta é simples, a musica vem em primeiro lugar, utilizam de muita técnica, peso e riffs carregados, muito groove e letras reflexivas.

Ficou curioso? Então confira essa entrevista matadora com essa banda incrível que vem surgindo no cenário independente do Rio de Janeiro!!



OPDM - Brutal Desire é um novo nome na cena metal independente, e já está despertando o interesse de quem curte extremo no Rio de Janeiro. Como a banda está reagindo a toda essa expectativa?

Álvaro Faria: Oi, Bia!!
Nossos sentimentos são uma mescla de sensações, primeiramente a gratidão, afinal, esta banda foi fundada por e para vocês, e secundariamente, a pressão de corresponder às expectativas de todos. Porém, acredito que tenhamos sido extremamente transparentes com nosso público; desde o ''day one'' mostramos como seria nossa música, nunca deixamos ninguém no escuro e absorvemos todos os conselhos, unimos nossa experiência e feeling ao feedback das pessoas!

OPDM Como está sendo todo o processo de composição da banda? Todos os integrantes ajudam na construção das letras e melodias?

Álvaro Faria: Adorável, o EP está 100% escrito, no tracklist possuímos quatro músicas autorais, destas quatro, eu compus três, e a quarta foi escrita pelo Haony e pelo Matheus. É bom ressaltar que nenhuma canção possui pai e muito menos mãe (rs), nós acreditamos no grupo acima do indivíduo, portanto, mesmo estas três músicas que são de minha autoria têm a pegada/identidade/influência dos demais, assim como eu tenho pegada/identidade/influência nas canções que não saíram de mim, isso criou uma atmosfera muito própria da Brutal Desire.

Matheus Silva: Ao nosso ponto de vista, o Metal deve ser levado muito a sério, com isso queremos dizer que a nossa sonoridade tem que ser impecável e as composições espontâneas e cheias da essência que podemos oferecer como músicos, nos preocupamos em fazer boas músicas, que principalmente nos agradam como ouvintes, como o Haony(Baixo) mesmo uma vez disse: “Nós amantes do Metal, somos como doentes necessitados em suprir nosso vício em som e nós mesmos da banda experimentamos e apreciamos nossas “drogas” antes do público e nos preocupamos com isso, nos colocamos no lugar do público, nossa intenção jamais será se exibir ou mostrar habilidades técnicas desconexas com o que a música pede, nos preocupamos em fazer as pessoas se sentirem bem ao curtirem nossas músicas.


OPDM - A Brutal Desire possui músicos muito experientes, com uma vasta bagagem curricular, como foi o encontro e anexo destes músicos na banda?

Álvaro Faria: Este é um modo educado de dizer que estamos velhos, rs.
Eu já toquei com o Oman em diversas bandas e sempre tivemos química e admiração mútua, calhou que no começo deste ano (2016) estávamos com uma folga na agenda e decidimos montar a Brutal. O primeiro passo foi procurar outro guitarrista, nossas músicas são feitas para duas guitarras, logo, não faria sentido termos apenas a minha... O Oman já tinha assistido alguns vídeos do Matheus (Guitarra/Vocal) e me perguntou se achava uma boa, obviamente concordei, primeiramente porquê o Matheus é uma das pessoas mais talentosas que tive a honra de tocar e secundariamente, confio no Oman, se ele indicou, tem o meu aval; resolvido as guitarras, passamos ao baixo. Conhecia o Haony e sempre o quis conosco ele é o baixista perfeito (pra mim e pra Brutal) tem identidade, técnica, criatividade, e bom gosto, além de ser um estupendo vocalista! Já tocamos juntos em outras bandas e bem, o resto é história! É bom frisar que a Brutal Desire não possui frontman, digo, possui sim, três, rs! O que quero dizer é que temos três vocalistas, Eu, Matheus e Haony, cada um com sua característica vocal, isso dá uma mistura interessantíssima e é muito bacana essa dinâmica dentro da nossa realidade!

Matheus Silva: O Convite me surgiu quando a banda já caminhava com o Álvaro e o Oman, sempre procurei ter um Network como guitarrista nas minhas páginas, até que recebi o feedback do Oman me convidando a integrar a banda, a partir daí conheci o Álvaro que já havia arquitetado várias músicas e vi o excelente músico e compositor que ele tem sido com seu feeling, autenticidade e seu vasto conhecimento musical não só como guitarrista, mas com a produção musical num todo e pude ver de perto as habilidades absurdas do Oman como baterista, criativo rápido e com pegada diferenciada e agressiva e digo com convicção que é um dos melhores bateristas do Rio de Janeiro, nesta fase estávamos a procura de um baixista, eu não conhecia o Haony antes da banda, mas era exatamente o que precisávamos e o que eu achava essencial, técnico, experiente e com linhas de baixo fora do padrão sempre inovando e é um grande diferencial no nosso som. A banda se entrosou com facilidade e tem um clima bom de amigos fazendo o som que gostam com simplicidade e competência, e agora caminhamos ao que será nosso EP que muito provavelmente será lançado ainda este ano e temos certeza que a galera vai curtir e estamos ansiosos pra expôr nosso trabalho e curtimos todos juntos o que Metal tem melhor.

OPDM Metal extremo no Rio de Janeiro é um estilo pouco difundido? Vocês acreditam que o público ainda se confunde em separar metal extremo de outros estilos, ou a galera tem respeitado e apoiado o metal extremo na cena underground carioca?

Álvaro Faria: Bem, é uma excelente pergunta e posso responder muito cristalinamente; o Rio de Janeiro tem uma tradição com bandas de Metal Extremo, algumas das maiores nasceram aqui; Unearthly, Coldblood, Lacerated and Carbonized, Mysteriis e o próprio Dorsal Atlantica (guardada as devidas proporções de estilo), só para citar algumas. Portanto, não creio haver separatismos, há diferenças ideológicas como em qualquer nicho, isto é inerente ao ser humano, infelizmente nós somos assim, as pessoas não sabem conviver com o contraditório. Entretanto, vejo um futuro muito promissor dentro da nossa cena, uma grande oxigenação...E no final das contas o Metal nos une e o que nos une é infinitamente superior ao que nos separa! O Metal Extremo tem respeito, espaço e admiração em todo estado, sempre digo, nos foquemos na música e esqueçamos as diferenças!

OPDM Em meio a tanto caos e crises políticas no país, agora ainda teremos a Olimpíada e com isso vários problemas tem sido “varridos” pra debaixo do tapete. Como é o posicionamento dos integrantes diante a toda essa situação enfrentada no Brasil nos dias atuais, vocês costumam abordar tais temas em suas letras?

Álvaro Faria: Capcioso, não? rs 
Grande parte está respondida acima! A Brutal Desire é uma banda pluralista, o que quero dizer com isto: temos diferentes etnias, diferentes ideologias e diferentes posicionamentos, porém, acima de tudo, nos respeitamos. Serei mais específico, eu tenho um posicionamento mais alinhado à direita, o Haony e o Matheus à esquerda e o Oman, como todo bom baterista, é neutro/centrão, é a nossa Suíça (rs). Em nenhum momento há desrespeito, muito pelo contrário, eles me escutam e eu os escuto, desta forma ambos aprendemos e evoluímos, o ser humano sobressai nas diferenças e não nas semelhanças, precisamos eliminar esta dicotomia, ninguém é 100% bom ou 100% mau, não existe um ''messias'' e esta associação é perigosa e covarde, quanto mais na política, não adianta você criticar o governo e furar fila, subornar guarda, fazer gato de luz...Dê o exemplo, seja retilíneo em suas ações, não use a ''Lei de Gerson'' ..Não dê jeitinho, conheça antes de opinar, viva e não sobreviva...A situação do Brasil não foi causada pelo governo, ela foi aprofundada, a situação do Brasil foi provocada pelo povo brasileiro, por mim e por você, a realidade dói, né? Nossa abordagem é totalmente antropocêntrica, o Homem é seu Deus e seu Demônio, logo, essa despersonificação faz-se necessária, nós somos capazes dos atos mais heróicos e altruístas, mas também das mais vis atrocidades. Temos uma música chamada ''Domination'' que discorre exatamente sobre este tema!

OPDM  - A banda ainda se encontra em estúdio, quando teremos a honra de vê-los ao vivo e quais são os próximos passos da Brutal Desire?

Álvaro Faria: Sim, este é o processo mais cansativo e ao mesmo tempo mais grandioso na trajetória de uma banda, finalizamos as composições, estamos ensaiando incessantemente e pré-produzindo no nosso home studio, na sequência gravaremos com o nosso grande amigo Fernando Campos, talvez a pessoa mais qualificada em Metal Extremo dentro (e fora) do Rio de Janeiro, o Fernando sabe extrair o melhor dos músicos (e das pessoas), talvez este seja o seu maior de muitos talentos, fora a estrutura e conhecimento que o AM Studio proporciona. Em paralelo, estamos agendando nossa sessão de fotos promocionais, nossos vídeos, teasers, etc, a Brutal Desire é uma banda que presa pela música em primeiro plano, nem nome havíamos escolhido, e já estávamos compondo, então é natural só começarmos a pensar nestes ''pormenores'' após termos finalizado a composição do nosso EP! Já temos shows marcados, alguns, na verdade, a partir de outubro, infelizmente ainda não podemos divulgar! Nossos próximos passos serão relativamente simples (ou não? rs) vamos gravar e bem...tocar! Nós somos quatro músicos de palco, nosso tesão está ali, faremos a maior quantidade possível de shows, aonde o público nos quiser, nós iremos! Uma pessoa satisfeita em um show torna-se duas amanhã e quatro na semana seguinte, é um efeito cadeia em modo perpétuo, você tem de sentir o sangue ferver com a sua música, caso isto não ocorra, como pode esperar que as pessoas consumam sua banda?


OPDM Chegando ao fim desta entrevista, gostaria de agradecer imensamente a banda Brutal Desire pelos minutos concedidos, e deixo o espaço para que vocês possam mandar um recado para os headbangers do Rio de Janeiro e de todos os outros estados que acompanham o Blog, o que eles podem esperar da banda Brutal Desire?

Álvaro Faria: A honra é nossa, a gratidão é nossa... Como disse no topo desta entrevista, acima de tudo, nós quatro somos Headbangers, fundamos a Brutal Desire para e por vocês, o público é o motivo de estarmos fazendo tudo isto...Esperem nosso sangue, nosso suor, nosso tesão, nossa alma e toda a nossa fúria, só pedimos uma coisa: BATAM A PORRA DA CABEÇA!
Metal Extremo, nada além, nada aquém!

Obrigado, obrigado, mil vezes obrigado.

Créditos para a fotógrafa: Natasha Salles


Oman Oado - Bateria
Haony Duarte - Baixo e voz
Matheus Silva - Guitarra e voz
Alvaro Faria - Guitarra e voz

Página do Brutal Desire no Facebook:

Brutal Desire em estúdio:





Por Bia Coutinho

terça-feira, 12 de julho de 2016

Hatematter -Entrevista

A banda paulistana Hatematter, traz uma sonoridade bem coesa, apresentando um Power Death Metal. Fundada em 2007, trazem ao público seu álbum de estréia intitulado “Douctrines”, logo em seguida lançaram também seu primeiro vídeo clipe “No Conscience”. A banda começa a atingir seus objetivos no cenário independente e em 2014 lançam o seu segundo trabalho também gravado no Norcal Studios (SP) e com produção de Brendan Duffey, baseado na obra de ficção científica de Isaac Asimov, tendo o primeiro single "The Plan" lançado no começo de 2015, mostrando uma banda naturalmente amadurecida. Com uma nova formação a banda segue turnê, contando agora com os músicos Luiz Artur (vocal), André Martins (baixo), Gustavo Polidori (guitarra), André Buck (guitarra) Lucas Emídio (bateria).

Confiram a entrevista que a galera do Hatematter proporcionou ao Death Mask!!


Fotografia by Caike Scheffer


OPDM - Luiz como está sendo para você fazer parte desta nova formação do Hatematter, já que a banda passou por várias formações ao longo da carreira?

Luiz Artur (vocalista) Em julho vai fazer um ano que entrei no Hatematter e posso dizer que esta é a banda que eu mais tive prazer em fazer parte até hoje! Toco metal há 25 anos e nunca (em minha carreira) participei de uma banda em que os integrantes fizessem tanto pelo projeto! O bom é que esta dedicação toda, reflete muito bem no trabalho da banda. Este “time” se diverte muito tocando e isso, é essencial para que tudo role numa boa! Não conheci outras formações do Hatematter mas posso afirmar que esta formação está “redonda”, pois todos se dão muito bem!


OPDM - Como tem sido a aceitação do público com esse novo trabalho de estúdio? E quais são as expectativas da banda com essa nova turnê?

Luiz Artur (vocalista) - Os shows tem sido bem intensos! É muito legal ver em nossos shows, bangers mais “antigos” se divertindo junto do pessoal mais novo. Percebemos que o material agrada muito a galera toda e a recepção quanto ao material do Foundation tem sido muito positiva por parte do público!


OPDM - Trabalhar com autoral no Brasil é quase uma jogada de mestre, e vocês tem alcançado um patamar bem legal no cenário independente, como você enxerga as dificuldades não só do Hatematter mas como de outras bandas que lutam por um espaço no cenário musical?
Luiz Artur (vocalista)Isso sempre foi bem difícil em se tratando de “cena underground Brasileira”. Tanto que, é muito comum ver bandas nascerem e “morrerem”, independente da banda durar pouco ou muito tempo, tendo uma postura mais profissional ou não enfim, muitas bandas vem e vão, a cena continua existindo e inclusive de uns 15 anos pra cá, observo que o público acaba reciclando. O que quero dizer é que boa parte da cena (tanto bandas como público), acabam por motivo diversos, mas sem sombra de dúvida as cobranças da vida (trabalho e estudos) aliado a falta de verba (pra manter tanto banda quanto o hobbie de ir à shows por exemplo) acaba fazendo isso tudo se “perder”. Cada banda que persiste, é composta por guerreiros, pois fazer isso no Brasil, é tarefa das mais difíceis!


OPDM - Vocês tem influências de Carcass à Candlemass, como essas bandas de tão diferentes sonoridades contribuem no som da banda?


Gustavo Polidori (Guitarra)A verdade é que essas bandas fazem parte do “caráter musical que cada membro adquiriu em sua própria experiencia individual. É graças a isso que podemos inovar e nos manter dentro de uma proposta muito característica e com múltiplos horizontes na sonoridade.


Fotografia by Leonardo Benacci

OPDM - Este segundo trabalho de estúdio "Foundation", traz uma temática bem interessante, abordando, o tema de ficção cientifica de Isaac Asimov, gostaria que você falasse a respeito deste trabalho.


André Martins (Baixo) - É sempre legal abordar temas que fogem um pouco do nosso dia a dia e levam a gente para um universo diferente. Em tempos tão conturbados queríamos levar para o público algo que gostamos e que faz com que nos sentíssemos bem, com isso a obra Fundação, de Isaac Asimov, foi escolhida pela sua profundidade, qualidade e, principalmente, por apresentar o Sci-Fi que tanto gostamos. E sempre é interessante trabalhar em um álbum conceitual, desde o começo precisamos nos preocupar com a coerência de tudo, desde as letras até o último riff... temos uma história para contar. E ficamos felizes em ver que o resultado final agradou tanto aos fãs de Metal quanto de Sci-Fi!


OPDM - Gostaria de te agradecer imensamente por essa entrevista, e que vocês pudesse deixar um recado para os fãs da banda!


Luiz Artur (vocalista)É clichê, mas direi algo que me faz muito sentido! A cena, é composta por bandas, casas de shows, produtores. E pra isso tudo caminhar bem, depende do público prestigiar material das bandas e shows locais. Por outro lado, as bandas e produtores (num modo geral) precisam “acordar” pra realidade de que, é necessário melhorar mais e mais pra poderem se destacar. Não adianta levar tanto bandas quanto eventos, no amadorismo pois isso faz tudo soar meia boca e o público não é obrigado a aceitar qualquer coisa. Então galera, melhoremos mais e mais e se possível, Uni-vos! Só assim o metal poderá um dia, ter o devido reconhecimento no Brasil


Grande abraço pra todos e Bia, muito obrigado pelo espaço e apoio!



Link do Hatematter nas redes sociais:
Email para contato: hatematter@gmail.com
Twitter da banda: @hatematter
Instagram da banda: @hatematter
Contato da imprensa: http://www.asepress.com.br/music/
Assistam Hatematter no Youtube:

No Conscience

Overthrow

The Plan


Esta matéria foi realizada pela colaboradora Bia Coutinho.
Bia Coutinho é uma desenhista, tatuadora e body piercing Carioca, de Duque de Caxias. Vocalista da banda Mysttica e ex vocalista da banda deCifra me, Bia Coutinho é frequentadora da cena Metal Carioca desde a sua adolescência.