Banda AJNA, formada em 1990 voltou à cena paulista em 2015 com uma nova proposta e uma nova roupagem musical, moderna, atualizada, influenciada pelo Hardcore, o Metal e o Thrash Industrial, pesado e visceral. Com novos integrantes, a banda apresenta novas músicas, novo visual e nova proposta sonora, com letras em inglês, espanhol e português, sem perder suas características de um vocal feminino gutural, guitarras expressivas e cozinha pesada e nervosa. Trazendo ainda colagens industriais, samplers e a garra que sempre caracterizou o AJNA, banda muito ativa nos anos 90. Fazendo um rock pesado e hibrido, o AJNA estreou no extinto DAMA XOC (1990), e tocou em lugares badalados e casas de rock do Brasil. Lugares como Brittânia (SP), Aeroanta(SP), Cadeira Elétrica(SP), Dynamo(SP), Centro Cultural São Paulo(SP), Garagem Rock (RJ) e outras ao longo dos 12 anos dessa primeira fase do AJNA, tocando com bandas de peso do cenário musical como; Dr SIN, ANGRA, KRIZIUN, KORZUS, INOCENTES, 365, RATOS DE PORÃO, RATA BLANCA (Argentina) e outras.
O AJNA fez alguns trabalhos em estúdios, participou de diversas coletâneas e gravou um CD pela “Destroyer Records”, com produção musical de Marcelo Pompeu (KORZUS), no estúdio Mr. Som em São Paulo no ano 2000. ELIZABETH QUEIROZ – “TIBET”- VOCAL
Veterana no rock brasileiro, Tibet atua intensamente na cena desde o final dos anos 70, onde cantou com bandas conhecidas como MADE IN BRAZIL e TUTTI FRUTTI com quem gravou seu primeiro disco solo pela RCA Victor em 1980. Montou o AJNA em 1990, estreando no Dama Xoc, em São Paulo. Com uma extensa bagagem cultural e musical, Tibet foi editora chefe, juntamente com André Cagni, de uma das mais importantes revista de rock dos anos 90, “REVISTA DYNAMITE”, durante 8 anos e participou de produções e eventos em lugares conceituados como Dama Xoc, Aeroanta, Black Jack, Dynamo e Brittânia, produzindo eventos badalados como Rock Contra AIDS I, II e III e todas as Festas da Revista Dynamite entre outras, além do programa de rádio “DEMOTERAPIA” na 97FM, na década de 90. IVO ROCHA – BATERIA / SAMPLERS Em 1986 teve sua primeira banda, PUTRIFACTION OF SOULS. Tocou com as bandas DEATH FORCE (thrash metal), GRINDERFIST (grind/death) até 1998. Em 2002, fundou o PREACHER (heavy metal). Durante 2008 e 2009 integrou a banda de Jair Bloch (pop rock) onde participou da gravação do CD “1º Round”. A partir de 2011 juntou-se ao BREAKDOWN (Brasil/Irlanda) - Death/Thrash. Sempre na ativa, hoje, é baterista das bandas BREAKDOWN e CHAOS RISE.
DAVID FULCI – GUITARRA Formado pelo conservatório municipal de Guarulhos, é ex-membro da banda de Death Metal Anarkhon, com quem gravou o álbum “Welcome to the gore show” e teve sua saída anunciada em 2013. É também guitarrista da banda DAMAGEWAR.
NANDO SIMÕES - BAIXO A vida musical teve seu início nos anos 90, passando por bandas covers e pela banda Autarquia (Heavy Metal tradicional). Em 2000, montou a banda METALHEART (Accept Cover), banda com grande ênfase na cena paulistana até hoje. De 2012 à junho de 2016 integrou o “Harppia”, onde participou das novas composições e efetuou diversos shows pelo Brasil
Desrroche
é uma banda de Rock Industrial/Gótico da Bahia, formada em 2002.
Vamos
falar um pouco com a galera da banda.
OPDM - Olá
Desrroche, é uma satisfação tê-los aqui conosco. Conte-nos um
pouco sobre seu início em 2002. Alguma coisa mudou de lá pra cá?
Lexpedra (voz): A satisfação é toda nossa e estaremos sempre disponível .
A Desrroche
é fruto de toda essa decadência musical dos últimos anos, ela foi
gerada de uma necessidade de se fazer da música com mais arte e de
forma diferente do que estava acontecendo, por aqui não existia uma
banda que realmente levasse a arte da interpretação com uma boa
expressão visual, sentir a energia emanando do palco e fazer com que
o publico ouvisse na musica o que esta visualizando no palco, sempre
sentir um desconforto em ir aos festivais ouvir uma boa musicas, e
quando levantava a cabeça para ver a banda que estava executando
perdia-se toda referencia da musica, (não todas as bandas, mas
praticamente 90% delas) não havia interpretação, faltava arte
visual para deixar a música mais fascinante e levar o publico
despertar as suas próprias fantasias. Nos shows da Desrroche a
maioria do publico não “batem cabeça” preferem assistir, pois
podem perder algum detalhe na performance da banda, de fato que
existem os seres mais “exaltados” deixando a energia da banda
comandar os seus corpos.
Durante
essa jornada desde 2002 muitas coisas mudaram, fincamos a bandeira da
Desrroche na cena do Rock da Bahia, ainda somos uma banda única,
poucos tem a coragem de fazer da forma que fazemos, de se expor da
forma que fazemos, marcamos pontos estratégicos, ganhamos vários
prêmios em festivais, participamos de festivais conceituados como o
Prêmio Caimmy em 2015, muitas mudanças no corpo da banda, em um ano
chegou a passar mais de 03 guitarristas pela banda, hoje temos uma
formação com mais uma guitarra com a configuração de: Ninovisk
(baixo), Dria Sant (Guitarra), Eric Eclipsha (guitarra), Lucius Dark
(sintetizadores) e Moka (bateria), para ser um Desrroche é
necessário ter a arte no sangue além da musica, temos que nos doar
totalmente para o publico e para o nosso trabalho, deixar a nossa
paixão e emoção expelir pelos poros, não ter vergonhas de
demostrar os seus sentimentos e acima de tudo respeito entre si e
mais ainda respeito e paixão pelo publico.
Hoje,
estamos em um momento muito forte que evidencia mais ainda a banda
para o eixo do “Rock Industrial”, mais elementos sintéticos nas
musicas e um visual temático mais forte do que antes.
OPDM -Como
é fazer Rock Industrial/Gótico no Brasil hoje diante das
dificuldades que a cena metálica vem enfrentando?
Lexpedra (voz): De fato as dificuldades sempre existiram e vão existir
independente da época, nada é fácil, na verdade nunca foi, tudo
que é feito acaba sendo sobre “sacrifícios” principalmente se
tratando de uma vertente que não é tão popular no Brasil e
principalmente na Bahia, acredito que isso acontece com todas as
vertentes do “subterrâneo”, mas quando se tem um sonho e quando
encontramos pessoas que sonham juntos as dificuldades são superadas
passo a passo e os resultados sempre vêm.
OPDM - Você
tem alguns registros gravados e estão na reta final para o
lançamento do EP Conecte 1969. Como é para a Desrroche a
experiência do estúdio?
Lexpedra (voz): A Desrroche em estúdio é um grande laboratório as
possibilidades são incalculáveis, sempre vamos tentar sair do
convencional a busca da Desrroche é sempre romper esses tipos de
barreiras que limitam e até mesmo estrangulam a possibilidade de
evolução, não hesitamos em tentar fazer mais e melhor do que já
foi feito, claro que sempre temos um engenheiro de som para nos
guiar, pois em muitas vezes nos excedemos nas vontades e nas viagens,
estamos trabalhando há meses no EP Conecte 1969, passamos pela
pré-produção que começamos em Janeiro de 2016 e finalizando as
gravações em Julho a ansiedade é muito grande para ouvir e sentir
as faixas finalizadas, agora Uwe Hebert Rohr (nosso engenheiro de
som) esta finalizando as mixagens e provavelmente faremos as
masterizações com ele, pois ele é uma boa referencia da escola
Alemã.
OPDM - Como
é a cena da Bahia da atualidade? Vocês tem uma resposta
satisfatória do público da sua região?
Lexpedra (voz): Como falei anteriormente o tipo de arte que fazemos ainda é uma
“novidade” por aqui por mais que estejamos fazendo 14 anos,
estamos sempre adicionando novos amigos novos fãs a cada
apresentação que fazemos, pessoas que se identificam com a nossa
forma de mostrar a nossa arte. Aqui em Salvador temos uma cena rocker
bastante movimentada, sempre tem bandas tocando em algum pub na
cidade, temos o Festival Palco do Rock (onde já participamos por
mais de 08 anos) que acontece anualmente durante os 04 dias de
carnaval trazendo uma média de 3mil pessoas por dia com bandas
locais e bandas de vários estados, sempre tivemos ótimas respostas
do publico, temos algumas rejeições dos conservadores do metal por
trazermos uma proposta mais ousada e evoluída, mas sabemos que é
muito difícil agradar a todos e isso para nós não é problema,
todos tem os seus direitos. Nos últimos shows que fizemos em
Salvador a media de publico foi de 1000 a 1500 pessoas no centro
histórico, isso pra uma banda como a nossa é bem satisfatório.
OPDM - A
Desrroche está mostrando seu grande potencial em seus 14 anos de
existência, isso é exemplo para muitos que buscam seu espaço e o
reconhecimento do seu trabalho. O que vocês tem a dizer para essa
galera que está começando no Metal?
Lexpedra (voz): Antes de tudo só faça se você realmente ama, não desista,
seja objetivo, foque nos seus sonhos, não deixe que as palavras
negativas te desanime, pelo contrario, pegue essas palavras e faça
dela combustível para avançar e melhorar os seus projetos, mude a
sua opinião quando for necessário, faça tudo da melhor forma
possível, tenha paciência não busque resultados em curto prazo, se
for fazer uma foto da sua banda procure um profissional, se for
gravar procure um profissional para te ajudar, se for usar as redes
sociais pra divulgar o seu trabalho estude a melhor forma, não
confunda investimento com custo, crie regras e cumpra, seja forte nas
suas exigências e nos seus ideais se você acredita que pode ninguém
vai tirar isso de você e se você não fizer ninguém vai fazer por
você. Busque parceiros, faça vínculos com outras bandas amigas
juntem-se e façam os seus eventos respeitem SEMPRE o publico faça
ou pelo menos tente fazer show para 30 pessoas da mesma forma que faz
para 3000 pessoas e a cada passo não hesite em conhece novas pessoas
até mesmo fora das suas ramificações, afinal precisamos ser
conhecidos por pessoas que nunca nos ouviram.
Integrantes:
Voz:
Lexpedra
Baixo:
Ninovisk
Bateira:
Moka
Sintetizador:
Lucius Dark
Guitarras:
Adriano Mars e Eric Abbehusen
Discografia:
Nesse
momento finalizando as gravações do próximo EP intitulado Conecte
1969
Ano
2014 – Single: Nova Canção
Ano
2010 – EP: Se eu morresse amanhã
Ano
2009 – Single: Caixa do Segredo
Ano
2006 – EP: Desrroche Ano 2003 – CD Demo
Para quem quiser conhecer um pouco mais da Desrroche, acesse os links abaixo:
A entrevista de hoje é
com a banda carioca de Metal Extremo Brutal Desire. Formada pelos
músicos Oman Oado (bateria), Hanoy Duarte (baixo e voz), Matheus
Silva (guitarra e voz), Álvaro Faria (guitarra e voz).
Sua proposta é
simples, a musica vem em primeiro lugar, utilizam de muita técnica,
peso e riffs carregados, muito groove e letras reflexivas.
Ficou curioso? Então
confira essa entrevista matadora com essa banda incrível que vem
surgindo no cenário independente do Rio de Janeiro!!
OPDM - Brutal
Desire é um novo nome na cena metal independente, e já está despertando o interesse de quem curte extremo no Rio de Janeiro. Como
a banda está reagindo a toda essa expectativa?
Álvaro
Faria: Oi, Bia!!
Nossos
sentimentos são uma mescla de sensações, primeiramente a gratidão,
afinal, esta banda foi fundada por
e para vocês,
e secundariamente, a pressão de corresponder às expectativas de
todos. Porém, acredito que tenhamos sido extremamente transparentes
com nosso público; desde o ''day one'' mostramos como seria nossa
música, nunca deixamos ninguém no escuro e absorvemos todos
os
conselhos, unimos nossa experiência e feeling ao feedback
das
pessoas!
OPDM- Como
está sendo todo o processo de composição da banda? Todos os
integrantes ajudam na construção das letras e melodias?
Álvaro
Faria: Adorável, o EP está 100% escrito, no tracklist possuímos
quatro músicas autorais, destas quatro, eu compus três, e a quarta
foi escrita pelo Haony e pelo Matheus. É bom ressaltar que nenhuma
canção
possui pai e muito menos mãe (rs), nós acreditamos no grupo acima
do indivíduo, portanto, mesmo estas três músicas que são de minha
autoria têm a pegada/identidade/influência dos demais, assim como
eu tenho pegada/identidade/influência nas canções que não saíram
de mim, isso criou uma atmosfera muito própria da Brutal Desire.
Matheus
Silva:
Ao
nosso ponto de vista, o Metal deve ser levado muito a sério, com
isso queremos dizer que a nossa sonoridade tem que ser impecável e
as composições espontâneas e cheias da essência que podemos
oferecer como músicos, nos preocupamos em fazer boas músicas, que
principalmente nos agradam como ouvintes, como o Haony(Baixo) mesmo
uma vez disse: “Nós amantes do Metal, somos como doentes
necessitados em suprir nosso vício em som e nós mesmos da banda
experimentamos e apreciamos nossas “drogas” antes do público e
nos preocupamos com isso, nos colocamos no lugar do público, nossa
intenção jamais será se exibir ou mostrar habilidades técnicas
desconexas com o que a música pede, nos preocupamos em fazer as
pessoas se sentirem bem ao curtirem nossas músicas.
OPDM - A
Brutal Desire possui músicos muito experientes, com uma vasta
bagagem curricular, como foi o encontro e anexo destes músicos na
banda?
Álvaro
Faria: Este é um modo educado de dizer que estamos velhos, rs.
Eu já
toquei com o Oman em diversas bandas e sempre
tivemos
química e admiração mútua, calhou que no começo deste ano (2016)
estávamos com uma folga na agenda e decidimos montar a Brutal. O
primeiro passo foi procurar outro guitarrista, nossas músicas são
feitas para duas guitarras, logo, não faria sentido termos apenas a
minha... O Oman já tinha assistido alguns vídeos do Matheus
(Guitarra/Vocal) e me perguntou se achava uma boa, obviamente
concordei, primeiramente porquê o Matheus é uma das pessoas mais
talentosas que tive a honra de tocar e secundariamente, confio no
Oman, se ele indicou, tem o meu aval; resolvido as guitarras,
passamos ao baixo. Conhecia
o Haony e sempre
o
quis conosco ele é o baixista perfeito (pra mim e pra Brutal) tem
identidade, técnica, criatividade, e bom gosto, além de ser um
estupendo vocalista! Já
tocamos juntos em outras bandas e bem, o resto é história! É bom
frisar que a Brutal Desire não
possui
frontman, digo, possui sim, três,
rs! O que
quero dizer é que temos três vocalistas, Eu, Matheus e Haony, cada
um com sua característica vocal, isso dá uma mistura
interessantíssima e é muito bacana essa dinâmica dentro da nossa
realidade!
Matheus
Silva: O Convite me surgiu quando a banda já caminhava com o Álvaro
e o Oman, sempre procurei ter um Network como guitarrista nas minhas
páginas, até que recebi o feedback do Oman me convidando a integrar
a banda, a partir daí conheci o Álvaro que já havia arquitetado
várias músicas e vi o excelente músico e compositor que
ele tem sido com seu feeling, autenticidade e seu vasto conhecimento
musical não só como guitarrista, mas com a produção musical num
todo e pude ver de perto as habilidades absurdas do Oman como
baterista, criativo rápido e com pegada diferenciada e agressiva e
digo com convicção que é um dos melhores bateristas do Rio de
Janeiro, nesta fase estávamos a procura de um baixista, eu não
conhecia o Haony antes da banda, mas era exatamente o que
precisávamos e o que eu achava essencial, técnico, experiente e com
linhas de baixo fora do padrão sempre inovando e é um grande
diferencial no nosso som. A banda se entrosou com facilidade e tem um
clima bom de amigos fazendo o som que gostam com simplicidade e
competência, e agora caminhamos ao que será nosso EP que muito
provavelmente será lançado ainda este ano e temos certeza que a
galera vai curtir e estamos ansiosos pra expôr nosso trabalho e
curtimos todos juntos o que Metal tem melhor.
OPDM- Metal
extremo no Rio de Janeiro é um estilo pouco difundido? Vocês
acreditam que o público ainda se confunde em separar metal extremo
de outros estilos, ou a galera tem respeitado e apoiado o metal
extremo na cena underground carioca?
Álvaro
Faria: Bem, é uma excelente pergunta e posso responder muito
cristalinamente; o Rio de Janeiro tem uma tradição com bandas de
Metal Extremo, algumas das maiores nasceram aqui; Unearthly,
Coldblood, Lacerated and Carbonized, Mysteriis e o próprio Dorsal
Atlantica (guardada as devidas proporções de estilo), só para
citar algumas. Portanto, não creio haver separatismos, há
diferenças ideológicas como em qualquer nicho, isto é inerente ao
ser humano, infelizmente nós somos assim, as pessoas não sabem
conviver com o contraditório. Entretanto, vejo um futuro muito
promissor dentro da nossa cena, uma grande oxigenação...E no final
das contas o Metal nos une e o que nos une é infinitamente superior
ao que nos separa! O
Metal Extremo tem respeito, espaço e admiração em todo estado,
sempre digo, nos foquemos na música e esqueçamos as diferenças!
OPDM- Em
meio a tanto caos e crises políticas no país, agora ainda teremos a
Olimpíada e com isso vários problemas tem sido “varridos” pra
debaixo do tapete. Como é o posicionamento dos integrantes diante a
toda essa situação enfrentada no Brasil nos dias atuais, vocês
costumam abordar tais temas em suas letras?
Álvaro
Faria: Capcioso, não? rs
Grande
parte está respondida acima! A
Brutal Desire é uma banda pluralista, o que quero dizer com isto:
temos diferentes etnias, diferentes ideologias e diferentes
posicionamentos, porém, acima de tudo, nos respeitamos. Serei
mais específico, eu tenho um posicionamento mais alinhado à
direita, o Haony e o Matheus à esquerda e o Oman, como todo bom
baterista, é neutro/centrão, é a nossa Suíça (rs). Em
nenhum momento há desrespeito, muito pelo contrário, eles me
escutam e eu os escuto, desta forma ambos aprendemos e evoluímos, o
ser humano sobressai nas diferenças e não nas semelhanças,
precisamos eliminar esta dicotomia, ninguém é 100% bom ou 100% mau,
não existe um ''messias'' e esta associação é perigosa e covarde,
quanto mais na política, não adianta você criticar o governo e
furar fila, subornar guarda, fazer gato de luz...Dê o exemplo, seja
retilíneo em suas ações, não use a ''Lei de Gerson'' ..Não dê
jeitinho, conheça antes de opinar, viva e não sobreviva...A
situação do Brasil não foi causada pelo governo, ela foi
aprofundada, a situação do Brasil foi provocada pelo povo
brasileiro, por mim e por você, a realidade dói, né? Nossa
abordagem é totalmente antropocêntrica, o Homem é seu Deus e seu
Demônio, logo, essa despersonificação
faz-se necessária, nós somos capazes dos atos mais heróicos e
altruístas, mas também das mais vis atrocidades. Temos
uma música chamada ''Domination'' que discorre exatamente sobre este
tema!
OPDM - A
banda ainda se encontra em estúdio, quando teremos a honra de vê-los
ao vivo e quais são os próximos passos da Brutal Desire?
Álvaro
Faria: Sim, este é o processo mais cansativo e ao mesmo tempo mais
grandioso na trajetória de uma banda, finalizamos as composições,
estamos ensaiando incessantemente e pré-produzindo no nosso home
studio,
na sequência gravaremos com o nosso grande amigo Fernando Campos,
talvez a pessoa mais qualificada em Metal Extremo dentro (e fora) do
Rio de Janeiro, o Fernando sabe extrair o melhor dos músicos (e das
pessoas), talvez este seja o seu maior de muitos
talentos, fora a estrutura e conhecimento que o AM Studio
proporciona. Em
paralelo, estamos agendando nossa sessão de fotos promocionais,
nossos vídeos, teasers,
etc, a Brutal Desire é uma banda que presa pela música em primeiro
plano, nem nome havíamos escolhido, e já estávamos compondo, então
é natural só começarmos a pensar nestes ''pormenores'' após
termos finalizado a composição do nosso EP! Já
temos shows marcados, alguns, na verdade, a partir de outubro,
infelizmente ainda não podemos divulgar! Nossos
próximos passos serão relativamente simples (ou não? rs) vamos
gravar e bem...tocar! Nós
somos quatro músicos de palco, nosso tesão está ali, faremos a
maior quantidade possível de shows, aonde o público nos quiser, nós
iremos! Uma pessoa satisfeita em um show torna-se duas amanhã e
quatro na semana seguinte, é um efeito cadeia em modo perpétuo,
você tem de sentir o sangue ferver com a sua música, caso isto não
ocorra, como pode esperar que as pessoas consumam sua banda?
OPDM- Chegando
ao fim desta entrevista, gostaria de agradecer imensamente a banda
Brutal Desire pelos minutos concedidos, e deixo o espaço para que
vocês possam mandar um recado para os headbangers do Rio de Janeiro
e de todos os outros estados que acompanham o Blog, o que eles podem
esperar da banda Brutal Desire?
Álvaro
Faria: A honra é nossa, a gratidão é nossa... Como disse no topo
desta entrevista, acima de tudo, nós quatro somos Headbangers,
fundamos a Brutal Desire para
e por vocês, o
público é o motivo de estarmos fazendo tudo isto...Esperem nosso
sangue, nosso suor, nosso tesão, nossa alma
e
toda a nossa fúria, só pedimos uma coisa: BATAM
A PORRA DA CABEÇA!
A banda paulistana
Hatematter, traz uma sonoridade bem coesa, apresentando um Power
Death Metal. Fundada em 2007, trazem
ao público seu álbum de estréia intitulado “Douctrines”, logo em
seguida lançaram também seu primeiro vídeo clipe “No
Conscience”. A banda começa a atingir seus objetivos no cenário
independente e em 2014 lançam o seu segundo trabalho também
gravado no Norcal Studios (SP) e com produção de Brendan Duffey,
baseado na obra de ficção científica de Isaac Asimov, tendo o
primeiro single "The Plan" lançado no começo de 2015,
mostrando uma banda naturalmente amadurecida. Com uma nova formação
a banda segue turnê, contando agora com os músicos Luiz Artur
(vocal), André Martins (baixo), Gustavo Polidori (guitarra), André
Buck (guitarra) Lucas Emídio (bateria).
Confiram a entrevista
que a galera do Hatematter proporcionou ao Death Mask!!
OPDM - Luiz como está sendo para
você fazer parte desta nova formação do Hatematter, já que a
banda passou por várias formações ao longo da carreira?
Luiz Artur
(vocalista)- Em
julho vai fazer um ano que entrei no Hatematter e posso dizer que
esta é a banda que eu mais tive prazer em fazer parte até
hoje! Toco metal há 25 anos e nunca (em minha carreira)
participei de uma banda em que os integrantes fizessem tanto pelo
projeto! O bom é que esta dedicação toda, reflete muito bem
no trabalho da banda. Este “time” se diverte muito tocando e
isso, é essencial para que tudo role numa boa! Não conheci outras formações
do Hatematter mas posso afirmar que esta formação está “redonda”,
pois todos se dão muito bem!
OPDM - Como tem sido a aceitação
do público com esse novo trabalho de estúdio? E quais são as
expectativas da banda com essa nova turnê?
Luiz Artur
(vocalista) -Os
shows tem sido bem intensos! É muito legal ver em nossos shows,
bangers mais “antigos” se divertindo junto do pessoal mais
novo. Percebemos que o material agrada muito a galera toda e a
recepção quanto ao material do Foundation tem sido muito positiva
por parte do público!
OPDM - Trabalhar com autoral no
Brasil é quase uma jogada de mestre, e vocês tem alcançado um
patamar bem legal no cenário independente, como você enxerga as
dificuldades não só do Hatematter mas como de outras bandas que
lutam por um espaço no cenário musical?
Luiz Artur
(vocalista) - Isso sempre foi bem difícil
em se tratando de “cena underground Brasileira”. Tanto que, é
muito comum ver bandas nascerem e “morrerem”, independente da
banda durar pouco ou muito tempo, tendo uma postura mais profissional
ou não enfim, muitas bandas vem e vão, a cena continua existindo e
inclusive de uns 15 anos pra cá, observo que o público acaba
reciclando. O que quero dizer é que boa
parte da cena (tanto bandas como público), acabam por motivo
diversos, mas sem sombra de dúvida as cobranças da vida (trabalho e
estudos) aliado a falta de verba (pra manter tanto banda quanto o
hobbie de ir à shows por exemplo) acaba fazendo isso tudo se
“perder”. Cada banda que persiste, é composta por
guerreiros, pois fazer isso no Brasil, é tarefa das mais difíceis!
OPDM - Vocês tem influências de
Carcass à Candlemass, como essas bandas de tão diferentes
sonoridades contribuem no som da banda?
Gustavo
Polidori (Guitarra) - A
verdade é que essas bandas fazem parte do “caráter musical que
cada membro adquiriu em sua própria experiencia individual. É
graças a isso que podemos inovar e nos manter dentro de uma proposta
muito característica e com múltiplos horizontes na sonoridade.
Fotografia by Leonardo Benacci
OPDM - Este segundo trabalho de estúdio
"Foundation", traz uma temática bem interessante,
abordando, o tema de ficção cientifica de Isaac Asimov, gostaria
que você falasse a respeito deste trabalho.
André
Martins (Baixo) - É sempre
legal abordar temas que fogem um pouco do nosso dia a dia e levam a
gente para um universo diferente. Em tempos tão conturbados
queríamos levar para o público algo que gostamos e que faz com que
nos sentíssemos bem, com isso a obra Fundação, de Isaac Asimov,
foi escolhida pela sua profundidade, qualidade e, principalmente, por
apresentar o Sci-Fi que tanto gostamos. E sempre é
interessante trabalhar em um álbum conceitual, desde o começo
precisamos nos preocupar com a coerência de tudo, desde as letras
até o último riff... temos uma história para contar. E ficamos
felizes em ver que o resultado final agradou tanto aos fãs de Metal
quanto de Sci-Fi!
OPDM - Gostaria de te agradecer
imensamente por essa entrevista, e que vocês pudesse deixar um
recado para os fãs da banda!
Luiz
Artur (vocalista) - É clichê, mas direi algo que
me faz muito sentido! A cena, é composta por bandas, casas de
shows, produtores. E pra isso tudo caminhar bem, depende do
público prestigiar material das bandas e shows locais. Por outro
lado, as bandas e produtores (num modo geral) precisam “acordar”
pra realidade de que, é necessário melhorar mais e mais pra poderem
se destacar. Não adianta levar tanto bandas quanto eventos,
no amadorismo pois isso faz tudo soar meia boca e o público não é
obrigado a aceitar qualquer coisa. Então galera, melhoremos mais
e mais e se possível, Uni-vos! Só assim o metal poderá um dia,
ter o devido reconhecimento no Brasil
Grande abraço pra todos
e Bia, muito obrigado pelo espaço e apoio!
Esta matéria foi realizada pela colaboradora Bia Coutinho.
Bia Coutinho é uma desenhista, tatuadora e body piercing Carioca, de Duque de Caxias. Vocalista da banda Mysttica e ex vocalista da banda deCifra me, Bia Coutinho é frequentadora da cena Metal Carioca desde a sua adolescência.